A equipe econômica do governo Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou que o Bolsa Família não deve ter o pagamento do 13º salário. A informação foi divulgada pelo portal UOL. O gestor do programa, o Ministério da Cidadania, não se manifestou sobre a publicação da reportagem sobre o assunto.

Em 2019, Bolsonaro publicou a Medida Provisória (MP) para realizar o pagamento do 13º salário para os beneficiários do Bolsa Família. De acordo com analistas políticos, a MP durou apenas no ano passado para que o presidente cumprisse uma promessa de campanha. Após este período, MP perdeu a validade sem a apreciação do Congresso para renová-la para 2020.

Logo no início deste ano, o governo se planejou para caducar a MP e conseguiu. Embora a oposição tinha o desejo de tornar o 13º salário permanente e estendê-lo ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), mas o movimento não deu prosseguimento.

Segundo uma fonte da equipe técnica econômica do governo, que não quis se revelar, o pagamento do 13º salário do Bolsa Família sequer está em debate. Ele ainda salienta que o auxílio emergencial (inicialmente R$ 600 e R$ 300 nos quatro últimos meses do ano) já está fazendo um pagamento acima da média do Bolsa Família, que está na faixa de R$ 190. Assim, um pagamento extra de uma parcela do Bolsa Família está fora de cogitação.

“As pessoas receberam pelo menos R$ 600 durante cinco meses. Esse valor é bem superior ao Bolsa Família e equivaleria a um 14º e a um 15º. Se pagarmos um 13º para beneficiários do Bolsa Família, também teremos que pagar para quem recebe o auxílio emergencial? Não está claro. Mas essa decisão é política e depende do presidente Bolsonaro. Mas não há debates sobre isso no governo”, conclui a fonte do governo.

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