"Casado, pai de dois filhos, que trabalha na construção de uma sociedade mais justa e fraterna". Assim é descrito o perfil do deputado estadual Fernando Cury, que foi flagrado assediando e passando a mão no seio da deputada estadual Isa Penna (PSOL).
Tudo aconteceu durante sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na última quinta-feira (17). O flagrante foi registrado por uma câmera de segurança.
Nas imagens, Penna conversa com a mesa diretora, quando Cury se aproxima dela por trás e passa a mão em seus seios. A deputada imediatamente se desvia de Cury e o repreende.
Cury teve o "aval de aproximadamente 100 mil paulistas" para assumir o cargo público, no qual ele diz que sua missão é "trabalhar para melhorar a vida das pessoas", conforme descrição de seu perfil na Alesp.
Fernando Cury é filho mais novo do ex-prefeito de Botucatu, Jamil Cury, tem quatro irmãos, é casado com Renata Cury e pai de dois filhos.
Veja o vídeo:
CHEGA DE ASSÉDIO!
Nas redes sociais, anônimos e famosos exigiram um posicionamento do deputado diante do flagra de assédio.
"Deputado, nós pagamos o seu salário para legislar ou para sair cometendo crimes na Câmara? Aquele vídeo assediando uma deputada é nojento, é desrespeitoso. É criminoso! Atitude desprezível. Espero que todos os seus eleitores vejam em quem votou", disse o rapper Mr. Kill.
"Foi lamentável sua ação de assédio com a deputada Isa Penna. Esse tipo de ação só contribui com o machismo estrutural em nossa sociedade. Espero que um dia você consiga entender o quão grave foi sua ação", criticou outro internauta.
"Inacreditável, vergonhoso. Isso não representa nosso estado e nem pessoas de bem. VERGONHA ALHEIA", detonou mais um.
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Fernando Cury ainda não se manifestou sobre o assédio. Já Isa Penna, declarou em suas redes sociais que registrou boletim de ocorrência contra o deputado estadual.
A bancada do PSOL se pronunciou sobre o caso em nota divulgada para a imprensa.
“A deputada Isa Penna é conhecida por atuar em prol do combate à violência contra as mulheres e afirma que a violência política de gênero que sofreu publicamente na ALESP infelizmente não é um caso excepcional, dado que ela e as deputadas Mônica Seixas e Erica Malunguinho, do mesmo partido, já foram assediadas em ocasiões anteriores”, diz a nota.
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