A vacina contra covid-19 foi criada em tempo recorde e já está disponível em quase todos os países do mundo. As primeiras doses aplicadas trouxeram esperança, mas ainda há insegurança com relação a fabricação de doses que supram a demanda brasileira no período esperado.
Após enviar as primeiras doses da Coronavac – vacina produzida pelo laboratóriochinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan – a todo os estados brasileiros, o diretor do Instituto Butantan informou ontem que a produção da vacina está paralisada no momento, por falta de matéria-prima importada da China. O instituto brasileiro já utilizou todo material que tinha em estoque.
Também no dia de ontem, uma outra notícia adiou, mais uma vez, o envio da vacina produzida pela Oxford, em parceria com a Astrazeneca, na Índia. Ao contrário do que o governo brasileiro afirmou, o país asiático disse não ter definido qualquer data de envio das vacinas para o Brasil. O governo indiano afirmou que irá priorizar o envio a países vizinhos, e que, nas próximas “semanas ou meses”, enviará aos restantes.
Confrontado, o ministro Pazuello disse que é difícil negociar com a ìndia, por causa do fuso-horário. A vacina também depende de insumos chineses para ser fabricada. O diretor do Instituto Fiocruz, responsável pela produção no Brasil, disse que, mesmo se os insumos chegassem amanhã, levaria um mês para as doses suficientes ficarem prontas para atender a população, prevendo para março o envio das primeiras doses da vacina Oxford-Astrazeneca no Brasil..
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A situação é mais agravante porque nenhum dos laboratórios se comprometeu com datas com o Brasil. Há quem diga nos bastidores de Brasília, inclusive membros do alto escalão do governo, que os ataques da família Bolsonaro e aliados a China prejudicaram as relações diplomáticas entre os países, o que teria causado o atraso no envio das vacinas.
A capacidade de produção do Butantan é de um milhão de doses por dia, segundo Covas, e mil litros de vacina concentrada vindas da China são capazes de produzir esta quantidade de doses. O contrato com a Sinovac é para 46 milhões de doses, sendo que até o momento o Brasil obteve 6 milhões — 1,4 milhão ficou em São Paulo e outros 4,6 milhões estão sendo distribuídos nesta segunda aos outros estados e ao Distrito Federal.
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