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RECUPERAÇÃO ECONÔMICA

Economistas são favoráveis a novas políticas de auxílio emergencial com crescimento da pandemia

Especialistas avaliam que os setores mais afetados pela crise sanitária sejam novamente os principais prejudicados por um recrudescimento da pandemia.

Imagem ilustrativa da notícia Economistas são favoráveis a novas políticas de auxílio emergencial com crescimento da pandemia camera Os problemas no cronograma de vacinação também comprometem a retomada econômica e afetam sobretudo o setor de serviços, mais dependente de dinâmicas que envolvem contato social do que comércio e indústria. | Divulgação/BioNTech

A possibilidade de a pandemia ser pior em 2021 do que em 2020, conforme previu o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, vai atrapalhar o ritmo de recuperação econômica e exigir que o governo implemente novas políticas de auxílio à população e às empresas, segundo economistas.

Os problemas no cronograma de vacinação também comprometem a retomada econômica e afetam sobretudo o setor de serviços, mais dependente de dinâmicas que envolvem contato social do que comércio e indústria.

A equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), no entanto, avalia que o atual cenário ainda não demanda o retorno de medidas como o auxílio emergencial, embora veja com preocupação o aumento de casos de Covid-19.

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Especialistas ouvidos pela reportagem avaliam que os setores mais afetados pela crise sanitária no ano passado, como bares, restaurantes e transportes, sejam novamente os principais prejudicados por um recrudescimento da pandemia.

Nesse cenário, medidas mais restritivas à circulação seriam adotadas, como redução do tempo de abertura do comércios, o que poderia derrubar a retomada vista nos últimos meses.

Rodolpho Tobler, pesquisador do FGV Ibre, vê com preocupação a possibilidade de São Paulo voltar a adotar medidas mais restritivas de circulação e funcionamento de empresas, como aventado por Covas, do Butantan.

O baque poderia ser maior do que o visto no ano passado dada a ausência do auxílio emergencial -o saque das parcelas residuais do benefício terminam neste mês- e a reação ainda lenta do mercado de trabalho. "Teríamos uma quantidade grande de pessoas sem renda. O governo teria que ver se tem espaço no Orçamento para fazer algum outro tipo de auxílio", avalia Tobler.

Para ele, a volta para uma fase mais restritiva de isolamento em todo o país seria um obstáculo para a recuperação da economia e, em especial, ao mercado de trabalho -desde o início da pandemia, a retomada da atividade esteve atrelada à flexibilização dessas medidas.

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O segmento de serviços prestados às famílias, como alimentação fora de casa, segue 34,2% abaixo do nível pré-pandemia, embora tenha crescido 98,8% desde maio.

Outro setor fortemente afetado pela redução na circulação de pessoas, os transportes ainda estão 5,4% abaixo do patamar de fevereiro, apesar do ganho de 26,7% de maio a novembro.

Por outro lado, comércio e indústria foram menos impactos pela pandemia graças ao poder de compra ampliado pelo auxílio emergencial.

Thiago de Moraes Moreira, do Ibmec, também condiciona a retomada da economia ao controle da pandemia. Sem isso, ele avalia que toda projeção de recuperação, principalmente do setor de serviços, fica comprometida.

Por isso, o economista vê com preocupação os problemas enfrentados pelo Brasil para promover a vacinação da população, como falta de insumos para produção e atritos diplomáticos com países fornecedores desses materiais.

"Isso é mais um episódio da nossa falta de planejamento", afirma Moreira.

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O atraso na vacinação da população vai prejudicar sobretudo os segmentos de serviços que vinham se recuperando, como alimentação e alojamento, avalia.

"A economia dependeu do auxílio [emergencial] em 2020. Com atrasos significativos na disponibilização da vacina, vamos mais uma vez depender dessas políticas de transferência [de renda], que amenizam [o impacto da Covid-19] no aspecto econômico", diz.

Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit), defende a vacinação em massa dos brasileiros como caminho para a retomada econômica.

"O comércio ficou parado 90 dias, funcionando só atividades essenciais. Se isso vier a ocorrer novamente, os governos vão ter que atuar de novo para minimizar os impactos", disse Pimentel.

Ele defende que o governo considere voltar com medidas de flexibilização de jornada e salário, pagamento antecipado de 13º e abono salarial, além de não aumentar a carga tributária das empresas.

"Diante da situação em que vivemos, seria o pior dos mundos: mais restrição das atividades com mais aumento de carga tributária. O principal é salvar vidas e em seguida empresas e empregos. E dar o suporte necessário. Não é hora de termos um avanço dos tributos", disse Pimentel.

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