A vacina russa Sputnik V começou a ser fabricada no Brasil e em breve estará pronta para ser enviada a todos os estados. A afirmação foi feita pelo diretor do Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), Kirill Dmitriev, nesta quinta-feira (21). Quem irá fabricar o imunizante russo em solo brasileiro é a farmacêutica União Química.

A notícia veio em bom momento e trouxe alento para o Brasil. A produção de vacinas CoronaVac e Astrazeneca estão paralisadas por falta de matéria-prima importada da China, o que tem dificultado o planejamento futuro da campanha de vacinação brasileira. Com tudo pronto para o início da produção na União Química, fica faltando que a Anvisa analise o pedido de uso emergencial da Sputnik V. No último sábado, a agência recusou um pedido submetido pelos russos e pelo laboratório brasileiro, alegando que requisitos mínimos não foram atingidos, pois a vacina russa não enviou os ensaios clínicos da fase 3, relativas às boas práticas de fabricação.

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“Estamos fornecendo todas as informações que Anvisa solicita. Não tem prazo para resposta, porém dada a urgência e prioridade deste assunto, estamos num esforço forte para entregar todas as informações. Esperamos que na quinta-feira, na própria reunião com Anvisa, todas pendências sejam resolvidas”, disse o diretor de negócios internacionais da União Química, Rogério Rosso, na última quarta-feira (20), em conferência virtual com jornalistas.

Segundo a farmacêutica brasileira, caso não seja concedido o uso emergencial da vacina pela Anvisa, as doses produzidas em solo brasileiro serão destinadas a países vizinhos que já autorizaram a vacinação com a fórmula russa, como Argentina, Bolívia e Venezuela.

No Brasil, dois estados já firmaram acordos com o RDIF e o Instituto Nikolay Gamaleya, laboratório responsável pelo desenvolvimento da vacina: Paraná e Bahia. O governo baiano entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar a compra direta de 50 milhões de doses do imunizante, sinalizada em um acordo assinado no ano passado.

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Na última quarta-feira, o ministro do STF Ricardo Lewandowski determinou que a Anvisa preste informações sobre o pedido de avaliação do uso emergencial pelos russos para decidir sobre a solicitação da Bahia.

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