As vacinas Oxford-Astrazeneca, produzidas na Índia, chegarão ao Brasil amanhã. O governo da Índia confirmou o envio de dois milhões de doses, previstas para chegarem às 12h50, horário de Brasília. A notícia foi confirmada pelo governo brasileiro. O outro país que receberá as vacinas indianas é o Marrocos.

A chegada das vacinas vem após um período de indefinição causado pelo governo brasileiro, que na semana passada chegou a ser desmentido pelo governo indiano sobre o envio das vacinas ao Brasil. Na ocasião, o ministro da Saúde, Ricardo Pazzuelo, afirmou que o país já teria uma data definida com a Índia, o que foi negado pelo país governado por Ram Nath Kovind. Pazuello chegou a reservar um avião para ir ao país asiático buscar as doses, mas ele sequer levantou voo.

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O país indiano disse, na altura, que iria priorizar o uso interno e o envio para países vizinhos, e que posteriormente definiria uma data para o envio aos demais países, como o Brasil. A Índia destacou hoje, em comunicado oficial, que a importância das relações bilaterais entre os países, membros do Brics (Bloco econômico entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), foi essencial para a escolha do Brasil como um dos primeiros países a receber as vacinas.

O presidente do Brasil, Jai Bolsonaro, publicou a notícia em suas redes sociais. As duas milhões de doses devem amenizar a situação da produção de vacinas no Brasil. As produções estão paralisadas por falta de matéria-prima vindas da China e não há previsão para o envio. O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, voltou a criticar a atitude de  Bolsonaro nesta quinta, responsabilizando-o pela grave situação do país.

A vacina da Oxford-Astrazeneca já recebeu a autorização para uso emergencial da Anvisa e pode ser distribuída para todo o país. O avião com a chegada das doses será transportada pela companhia aérea Emirates, que já confirmou o transporte das vacinas. Também nesta quinta, o fundo russo confirmou que a Sputinik V já está sendo produzida no Brasil e aguarda apenas a autorização da Anvisa para seu uso emergencial. 

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