O Ministério Público do Estado do Amazonas pediu nesta quarta-feira (27) a prisão preventiva do prefeito de Manaus, David Antonio Abisai Pereira de Almeida (Avante) e da Secretária Municipal de Saúde, Shadia Hussami Hauache Fraxe, após os casos de pessoas que furaram a fila da vacina contra a covid-19 no estado.

A solicitação, assinada pelo desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos, cobra também o afastamento de Almeida do cargo diante das suspeitas pessoas que furaram a fila da vacinação contra a Covid-19 na capital do Amazonas.

O pedido de prisão expõe que 10 médicos foram contratados por Almeida para receber uma remuneração de R$ 9.000, valor superior ao pago aos temporários na função. Segundo o Ministério Público, a ação configura a prática de peculato.

Segundo o MP, David Almeida “supostamente inseriu declaração falsa” ao nomear 10 médicos para exercerem atividade médica, porém, no cargo de gerente de projetos, com remuneração de cerca de R$ 9 mil –, ao passo que um médico temporário ganha R$ 6,9 mil na capital.

Ademais, a secretária de Saúde e o médico assessor, Djalma Pinheiro Pessoa Coelho, “serviram de executores materiais dos atos necessários à prática da falsidade ideológica, perpetrada pelo Chefe do Poder Executivo Municipal”.

Os procuradores também investigam que médicos desse grupo, como as irmãs Gabrielle e Isabelle Kirk Maddy Lins, teriam recebido a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus indevidamente, uma vez que não pertencem a grupos prioritários do plano de vacinação contra a Covid-19 do governo federal.

Gabrielle e Isabelle foram imunizadas no último dia 19 de janeiro, logo após terem a nomeação publicada no Diário Oficial. Elas são filhas de Gisélle Vilela Lins Maranhão, reitora da Universidade Nilton Lins, que fica ao lado da UBS Nilton Lins, onde as jovens trabalham.

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