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PANDEMIA

Aumento de mortes por condições cardíacas acende o alerta

De janeiro a junho de 2020, o número de pessoas que morreram em decorrência de doenças cardiovasculares subiu cerca de 126% em Belém. A Sociedade Brasileira de Cardiologia relaciona esse aumento à Covid-19

Imagem ilustrativa da notícia Aumento de mortes por condições cardíacas acende o alerta camera Muitos pacientes deixaram de procurar hospitais, fazer exames, consultas e até cirurgias por medo do contágio pelo novo coronavírus | Divulgação/Freepik

No primeiro semestre da pandemia do novo coronavírus, entre janeiro e junho de 2020, o número de pessoas que morreram em decorrência de doenças cardiovasculares subiu cerca de 126% em Belém, de acordo com a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen). A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) relaciona esse aumento à Covid-19, entre outros motivos, porque as cardiopatas fazem parte de um dos maiores grupos de risco e mortalidade ante à infecção.

“Entre janeiro e junho daquele ano nós coletamos dados da Arpen que retratam a primeira fase da pandemia. Outros pontos relacionados também apontam corações inflamados, com funcionamento inadequado e mesmo infarto. Houve situações de morte súbita não necessariamente como sequela de Covid, mas como consequência de não buscar um hospital ou ter os cuidados médicos. Nossa análise foi aceita e publicada pela revista internacional Heart, com algumas lições importantes”, explica Marcelo Queiroga, presidente da SBC.

A análise levou em consideração seis capitais com maior incidência no número de mortes pelo novo coronavírus, e Belém ficou atrás somente de Manaus (AM), que registrou alta de 132%. Formas graves da doença podem comprometer ainda mais o sistema cardiovascular. O isolamento social causado pela pandemia trouxe outro agravante para os portadores de doenças cardíacas: o estudo aponta que muitos pacientes deixaram de procurar hospitais, fazer exames, consultas e até mesmo cirurgias por conta do medo do contágio pelo novo coronavírus.

Queiroga lembra que mesmo nos piores momentos da crise sanitária, os hospitais conseguiram separar atendimento de Covid de outros atendimentos também prioritários, e que é imprescindível seguir os tratamentos relacionados a comorbidades, como hipertensão e diabetes.

“A lição é: indicação de que Manaus vive um colapso ainda mais forte que da outra vez, então o sistema de saúde tem que se preparar. E as outras capitais devem seguir essa tendência, passando informações adequadas aos pacientes sobre sintomas, promovendo outros meios de atender, como pela telemedicina. Não estamos só mostrando números, dados, mas orientando para que se tenha o que fazer. Paciente com falta de ar, suor frio, dor no peito precisa urgente buscar um hospital”, confirma o médico.

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