Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, afirmou que o governo federal vai fechar um acordo para obter as vacinas da Pfizer nesta quinta-feira (11). O presidente do Senado disse que ouviu essa informação do próprio Pazuello, em cerimônia de sanção de projetos de lei referentes às vacinas contra a Covid-19.

"E já amanhã se estabelece o acordo e o contrato com a Pfizer para aquisição das vacinas, o que é algo muito, muito significativo, em função inclusive do projeto sancionado, que permite a assunção de riscos pela União na contratação dessas vacinas, porque há uma imposição de cláusula restritiva por parte do laboratório para eventuais efeitos adversos no futuro", disse.

Ele se refere à proposta de sua autoria aprovada pelo Congresso, que autoriza governos federal, estadual e municipal a assumir cláusulas mais polêmicas impostas por alguns laboratórios, como o caso da Pfizer. O projeto de lei também prevê abertura para que a iniciativa privada adquira vacinas.

Nesta semana, Bolsonaro se reuniu com o CEO da Pfizer e anunciou a entrega de 14 milhões de doses da imunização até junho. No total, o governo federal negocia 100 milhões de doses com a empresa americana.

Após cobrar do Ministério da Saúde na semana passada provas de que não é negacionista e afirmar que tem instrumentos legislativos para dar assistência para a população, Pacheco afirmou que a CPI não é um "instrumento necessário" para resolver o problema da vacinação no Brasil.

Pacheco tem em mãos um requerimento de CPI da Covid com assinaturas necessárias para sua instalação. Cabe a ele próprio a palavra final.

"A CPI está requerida, será analisada, mas ela não entendemos nesse momento ela como um instrumento apto, necessário para resolver o problema da vacinação do brasil e do problema de acesso à saúde dos brasileiros", afirmou, após a sessão no Senado.

Sem dar detalhes, afirmou que a busca por culpados pelo atraso da vacinação e por problemas no enfrentamento à pandemia já está acontecendo. Também afirmou que o Congresso não vai se subtrair das suas responsabilidades, mas que busca agora ser colaborativo com o governo federal.

"Se precisar apontar culpados em relação a eventuais problemas havidos no enfrentamento à pandemia, nós vamos apontar. Mas nesse momento o que nós precisamos é de vacina", completou.

MAIS ACESSADAS