A falta de um cronograma mais completo, com informações detalhadas a respeito das vacinas contra a covid-19, tem sido alvo de críticas e reclamações por parte dos governadores, que alegam que a pasta da saúde tem se limitado a informar pontualmente, apenas quais e quantas vacinas vão ser distribuídas por semana. As informações são da CNN. 

No entanto, em entrevista, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que irá retomar a divulgação do cronograma de entrega de vacinas em uma nova versão, onde não serão incluídas marcas ainda não validadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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"Em nenhum momento queremos subtrair dados", afirmou Queiroga, rebatendo as críticas a gestões passadas pela divulgação do cronograma considerado artificial.

Ainda segundo Queiroga, marcas como Sputnik e Covaxin, que estão em negociação com o Brasil, vão ser retiradas do texto informativo. Os dados sobre elas, segundo o ministro, provavelmente só serão divulgados na internet, com a observação de que não possuem autorização de uso no Brasil.

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Queiroga ressaltou ainda, que o portal do ministério da Saúde está sendo reestruturado, não sendo divulgadas vacinas que ainda estão em negociação. segundo ele, "antes divulgava vacina não aprovada pela Anvisa. Aquilo é uma expectativa, e o não cumprimento frustra a expectativa das pessoas".

Coquetel

O ministro também não deu prazo para a inclusão no SUS do coquetel de anticorpos para o tratamento da covid-19. O medicamento para o tratamento de pacientes teve uso emergencial autorizado pela Anvisa, desde que não estejam em estágio grave da doença.

Segundo Queiroga, o uso do medicamento ainda será colocado em discussão por um painel de especialistas, em audiências públicas. "Se tiver efetividade comprovada, maravilha", finalizou.

Marcelo Queiroga anunciou retorno do cronograma de entrega de vacinas, em uma nova versão. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agênica Brasil

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