O povo de Manaus tem vivido situações que testam a paciência e sanidade mental de qualquer um. Antes, com a alta taxa de casos e morte por conta do coronavírus, falta de oxigênio, e agora com as cheias do Rio Negro.

O nível do rio alcançou, na manhã de domingo (30), a marca de 29,97 metros. Mesmo nível registrado em 2012, quando as águas do rio Negro impactaram vários pontos de Manaus. De acordo com a Defesa Civil da cidade, 24 mil pessoas, de 15 bairros já foram impactadas.

Na semana passada, as águas subiram em média 4 a 5 centímetros por dia. Já nesta semana, houve uma redução para 2 a 3 centímetros diários. No sábado (29), o rio Negro chegou a estabilizar em 29,95 metros, sem ter subido, no entanto, voltou a subir os 2 cm, igualando a marca histórica de 2012.

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Em entrevista ao jornal A Crítica, Valderino Pereira, engenheiro responsável por fazer a medição do rio no Porto de Manaus há 35 anos, não há como saber até quando as águas irão subir.

"A questão é que tanto no período da enchente, quanto na vazante, o crescimento começa e termina devagar. Não há a possibilidade de saber exatamente até quando o rio vai continuar subindo", contou.

MAIORES ENCHENTES

A maior cheia da região, aconteceu  em 2012, quando o Rio Negro atingiu os 29,97 m. A segunda maior, em 2009 (29,77 m), atrás apenas da ocorrida em 1953, quando o nível da água atingiu a marca de 29,69 m. No ano passado, o rio Negro chegou à marca máxima de 28,52 m.

Segundo a Defesa Civil de Manaus, cerca de 24 mil pessoas de 15 bairros sofrem com a cheia do Rio Negro. Foto: Divulgação/Defesa Civil do Amazonas

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