Os dois jovens que acusaram um rapaz negro de ter roubado uma bicicleta no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, no último domingo (13), perderam os empregos.
Matheus Ribeiro estava com a bicicleta, esperando a namorada em frente ao shopping Leblon, quando foi abordado pelo casal que o acusou de estar com uma bicicleta elétrica que supostamente seria deles. Ribeiro só conseguiu provar a posse legal da bicicleta quando o rapaz que o acusava tentou abrir o cadeado da trava de segurança do o veículo, com outra chave, sem sucesso.
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Nesta terça-feira (15), o Espaço Vibre, uma escola de dança localizada em Ipanema, anunciou a demissão da jovem que acusou Matheus indevidamente. Ela era professora na instituição “Estamos consternados com o que tomamos conhecimento e tratando o assunto com toda gravidade que ele merece. Racismo é crime e não vamos compactuar com isso. A professora envolvida no ato foi demitida e já não faz mais parte do nosso quadro de funcionários”, informou um trecho da publicação da escola.
“Nos solidarizamos com o Matheus pela dor sofrida e mesmo que o gesto condenável não tenha ocorrido dentro de nosso espaço, esta é uma violência que todos temos que combater juntos. Repudiamos veementemente toda forma de discriminação e reafirmamos que o Vibre é um espaço que pratica e preza pelo respeito e pela inclusão. Somos conscientes do abismo social em que nosso país se formou e o racismo estrutural que, lamentavelmente, impacta nossas relações”, completa outra passagem.
E de acordo com o jornal O Globo, a Papel Craft, onde o rapaz que acusou o jovem trabalhava como designer, também o demitiu.
A gerente da loja confirmou ao jornal que ele não faz mais parte do quadro de funcionários.
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