Quase dois ano desde que o novo coronavírus ficou conhecido mundo afora. Desde então, cientistas estão lotando incansavelmente para tentar descobrir uma série de detalhes sobre como age o vírus no organismo humano.
Um estudo financiado pela RedeVírus MCTI, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações detectou a presença do vírus, causador da Covid-19, nos olhos de pacientes contaminados. O achado será importante para outras pesquisas relacionadas com o espalhamento da doença em outras partes do organismo, causando novas patologias.
O professor Rubens Belfort Jr., da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (EPM/Unifesp), um dos coordenadores da pesquisa, destaca os riscos causados pelo vírus presentes na retina dos pacientes.
“Vinte por cento dos pacientes em hospitais tratando de Covid, com ou sem necessidade de UTI, podem apresentar lesões de retina que precisam ser observadas. Sabe-se também que cerca de 3% dos pacientes podem desenvolver perda visual importante”.
Para chegarem ao resultado, os cientistas realizaram no ano passado, entre os meses de junho e julho, a coleta de material da retina de pacientes que haviam falecido de Covid-19.
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“A retina é um biomarcador muito importante, porque o que acontece nela acontece também em diferentes partes do organismo, principalmente no sistema nervoso central. A presença do vírus na retina pode significar que o vírus esteja escondido também em outras partes do organismo e nesses locais causar reações a longo prazo” destacou Belfort.
Para o especialista, a detecção do Sars-CoV-2 na retina poderá ajudar os médicos na identificação de sequelas deixadas pela doença nos pacientes recuperados. A pesquisa agora busca identificar outros quadros oculares causados pela Covid-19 e uma maneira de tratamento.
O estudo foi realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A publicação ganhou destaque na revista norte-americana JAMA Ophthalmology, um periódico mensal que cobre aspectos da oftalmologia no mundo.
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