Em mais uma atitude, após as ameaças do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) às eleições de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral ( TSE) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso ao conteúdo de inquéritos que miram aliados do chefe do Executivo.

Em ofício endereçado ao ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações no Supremo, na terça-feira (3), o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, afirmou a necessidade do compartilhamento das informações. Ele quer avaliar se o material reunido nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos tem relação com a apuração em curso na corte eleitoral.

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Todos os sete ministros do TSE votaram a favor da instauração da apuração de ofício, ou seja, sem solicitação da Procuradoria-Geral Eleitoral, a exemplo do que fez o Supremo com o inquérito das fake news em 2019.

Nesta quarta-feira (04), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a inclusão do presidente Jair Bolsonaro como investigado no inquérito das fake News.

"Nesse contexto, não há dúvidas de que as condutas do Presidente da República insinuaram a prática de atos ilícitos por membros da Suprema Corte, utilizando-se do modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais, com o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário, o Estado de Direito e a Democracia", escreveu o ministro.

Bolsonaro será investigado por ataques aos ministros da corte e disseminação de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. A decisão do ministro do STF tem 15 páginas. 

Veja o vídeo:

 

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