Uma boa notícia pra começar esta sexta-feira (20). O índice nacional de homicídios, ferramenta criada pelo G1, site de notícias da TV Globo, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal, aponta resultados positivos em relação ao número de assassinatos no Brasil. O país teve uma queda de 8% nos assassinatos no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2020.
Dentre as unidades federativas, o Pará figura entre os que estão com números em queda em uma escala que vai de 11,9% a 0%. No grupo de aumento, a taxa varia de 20,1 a 40,4 em porcentagem.
Nos seis primeiros meses deste ano, foram registradas 21.042 mortes violentas, contra 22.838 no primeiro semestre do ano passado, ou seja, 1.796 a menos em todo o País.
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O levantamento contabiliza o número de vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. A queda acontece após um 2020 violento, mesmo com a pandemia do novo coronavírus.
Este ano, apenas seis estados contabilizam alta: dois do Norte (Roraima e Amazonas) e quatro do Nordeste (Maranhão, Piauí, Paraíba e Bahia). Já a maior queda foi no Ceará.
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Em entrevista ao site G1, Bruno Paes Manso, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), disse ser difícil apontar as causas da queda, mas para ele, "a força da pandemia em todo o semestre e o distanciamento social podem ter contribuído para a redução de conflitos nas ruas".
Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, também em entrevista ao portal, acredita que "houve uma tendência de queda nos homicídios nos períodos em que o isolamento foi mais rígido".
Maiores altas: Roraima e Amazonas
Na contramão da maioria dos estados, o levantamento aponta que Roraima (40,4%) e Amazonas (35,6%) aparecem com alta nos índices de violência.
Para Nannibia Cabral, mestre em segurança pública, direitos humanos e cidadania e pesquisadora da Universidade Estadual de Roraima, a alta está, de fato, atrelada a uma briga por espaço.
Segundo Cabral, "novas facções venezuelanas têm se instalado com o processo migratório" e "essa disputa por espaço, que fomenta a rivalidade, associada muitas vezes a dívidas dos traficantes, colabora sobremaneira para um aumento do número de homicídios dolosos."
No Amazonas, a Secretaria da Segurança Pública também credita o aumento da violência ao tráfico, já que segundo a pasta, 80% dos homicídios no estado são consequência da disputa pelo mercado de drogas.
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