Perder um filho é algo que muitos pais que já viveram esse sentimento não desejam para mais ninguém. É algo que sucumbe e tira uma parte deles. A dor e a sensação de perda é difícil de lidar.
Um caso que aconteceu em Goiânia registrou a frieza de criminosos após uma jovem identificada por Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, dada como desaparecida por sete dias, ser encontrada sem vida em uma área de mata. Os criminosos enviaram uma mensagem a mãe da vítima afirmando que amavam a jovem e que ela não merecia morrer.
Um dos suspeitos do crime, que era amigo da jovem, enviou mensagens para a mãe da vítima no dia em que o corpo foi encontrado pela polícia. Na mensagem enviado para a cabeleireira Eliane Laureano da Silva, de 35 anos, o suspeito chegou a dizer que amava a filha dela. Três pessoas foram presos suspeitos do crime.
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Segundo a mãe da jovem a mensagem foi enviada no dia 31 de agosto por Enzo Jacomini Carneiro Matos, de 18 anos, que usa o nome de Freya, quando Ariane foi encontrada morta em uma mata no setor Jaó, após ficar sete dias desaparecida.
Além do suspeito que enviou a mensagem, foram presos Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos e Raíssa Nunes Borges, de 19. De acordo a polícia, o crime foi cometido porque uma das investigadas queria saber se era psicopata.
A defesa dos suspeitos não foi encontrada para se manifestar sobre o caso.
A mãe da jovem contou ainda que está "chocada" com a crueldade dos suspeitos e disse que está fazendo acompanhamento com psicólogo.
“Estou mal. Não sei onde recorrer. Não tenho mais forças, até água que tomo, estou vomitando. Saudade eterna da minha filha. Até hoje não entrei no quarto dela, não consegui”, relatou.
Eliane contou ainda que conhecia os suspeitos por serem amigos de sua filha. No dia do crime, ela disse que a filha já estava de pijama em casa, quando eles a chamaram para sair.
“A Ariane saía muito e sempre me mandava vídeos com quem ela estava, inclusive, vídeos com eles. Na pista de skate, eles sempre estavam. No dia, ela estava pronta para dormir e eles a tiraram de casa. A chamaram para morte”, disse.
Crime
O delegado Marcos de Oliveira Gomes, que investigou o crime, disse que Ariane foi morta porque Raíssa Borges desejava saber se era psicopata. E para isso, ela teria que matar alguém para analisar a própria reação após o assassinato. Os jovens criaram uma lista de possíveis vítimas.
"Eles não escolheram a Ariane por um motivo específico. Poderia ser ela ou outros dois nomes que saíram numa lista. Ela foi escolhida porque era pequena e, caso reagisse no momento do homicídio, eles conseguiriam realizar o crime", explicou o delegado.
Ainda segundo a polícia, o crime seguiu uma ordem pensada pelos suspeitos e foi cometido dentro de um carro. O delegado explicou que eles escolheram uma música que falava sobre homicídio e que a canção foi tocada em um momento específico da conversa entre eles.
De acordo com o delegado, no meio da música, um deles estalou os dedos. Esse era o sinal para Raíssa matar a amiga.
"Na ocasião que o motorista estalou os dedos, uma das presas não conseguiu enforcar a vítima. Então, a pessoa que estava no banco da frente pulou para o banco de trás e enforcou Ariane até ela desmaiar", contou o delegado.
Conforme a polícia, uma das suspeitas deu uma facada na vítima com o carro em movimento e ouvindo a música que eles escolheram. Logo em seguida, outra pessoa desferiu uma segunda facada. A polícia não divulgou a ordem em que os suspeitos estavam no interior do carro.
O veículo usado no crime foi identificado pela polícia. Segundo a investigação, o carro usado para jogar o corpo de Ariane numa mata do Setor Jaó foi o mesmo que a buscou no Lago das Rosas, minutos antes de ela enviar mensagem para a mãe avisando que iria lanchar com os amigos.
A investigação apontou que, o veículo já estava forrado com saco de lixo no porta-malas, onde os suspeitos colocaram o corpo dela para ser transportado até ao local de mata.
"A Ariane estava toda feliz por sair com as amigas. Identificamos o motorista e cumprimos mandado de prisão temporária. De imediato, ele confessou o crime e nos apresentou a faca usada, ainda com resquícios de sangue", esclareceu o delegado.
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