A loja Zara foi parar entre os assuntos mais comentados nas redes sociais e alvo de críticas após um caso de racismo institucional registrado dentro da loja, que fica no shopping Iguatemi, em Fortaleza, ser denunciado pela delegada Ana Paula Barroso, diretora-adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil do Ceará. As informações são do UOL.
Delegada é vítima de racismo em loja da Zara em Fortaleza
Entidades do movimento negro ingressaram na Justiça do Ceará contra a rede de lojas Zara, pedindo R$ 40 milhões de indenização por dano moral coletivo, baseando-se no episódio envolvendo a delegada que denunciou ter sofrido discriminação racial por parte de um funcionário do estabelecimento.
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Os autores da ação são a Educafro (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes) e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos. As ONGs também assinaram ações por racismo em outros casos recentes, como os que envolveram as empresas XP/Ável, Carrefour, Atakarejo, Studio Z/Pantanal Shopping e Assaí.
Delegada diz ter sido barrada; empresa alega problema com máscara
De acordo com a delegada, um funcionário teria a impedido de entrar na loja, alegando estar seguindo uma "determinação da segurança do shopping". Já a loja alegou que tomou a atitude porque "a mulher estava tomando sorvete no momento em que entrava na loja, usando máscara de uma maneira inadequada, contrariando protocolos contra a covid-19".
A delegada confirmou que estava tomando sorvete e usando a máscara de maneira inadequada no momento em que estava tentando entrar na loja, mas que o funcionário teria "apenas repetido várias vezes que era uma determinação da segurança do shopping", sem informar que o tal motivo seria por causa da máscara.
Ana Paula disse ainda, que depois procurou a equipe de segurança do centro comercial e questionou se podia ter sido barrada por estar comendo, mas teria ouvido de três seguranças do shopping que não havia nenhuma determinação nesse sentido.
Em entrevista ao Globo, a delegada disse que votou a loja para falar com o gerente, que tentou "se desculpou, tentou [se] justificar [dizendo] que tem amigos negros, amigos transexuais, disse que não tem preconceito. Eu respondi que aceitava as desculpas, mas o chefe de segurança me falou que precisava fazer um relatório, no qual constaria que o atendente confirmou minha versão. Só depois desse relatório e de falar com amigos e família é que ficou clara a situação de racismo na minha cabeça".
No último domingo (20), a Polícia Civil do Ceará foi ao estabelecimento para recuperar as imagens de vídeo do circuito interno de segurança do local.
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