A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou na última quinta-feira (7) o Boletim Observatório Covid-19. O documento constata expressiva queda no número de casos e mortes por covid-19, além de tendência à estabilidade na taxa de ocupação dos leitos de UTI para adultos no SUS, o que evidencia a eficácia das vacinas para conter a disseminação do vírus e evitar casos graves da doença.
Levantamento feito pelo portal Metrópoles, com base em dados do Ministério da Saúde, mostra que somente 26% dos pacientes internados com Covid-19 no Brasil, entre julho e setembro, haviam sido totalmente imunizados – com duas doses ou dose única de vacina.
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Do total de internações registradas pelo Ministério da Saúde entre julho e setembro, 46,2% são de pacientes que não tinham tomado nenhuma dose da vacina; 25,7% tinham uma dose do imunizante.
Os números são do banco de dados de Síndrome de Respiratória Aguda Grave (SRAG), mantido pelo Ministério da Saúde. Para o levantamento, o Metrópoles considerou apenas as informações relacionadas aos casos confirmados de Covid-19 que levaram à internação.
A base de dados possui limitações. Não é em todas as internações que a equipe médica consegue confirmar que a vacina foi aplicada. Casos em que a informação foi marcada como ignorada foram descartados. Também não foram utilizadas as entradas que não traziam as datas de vacinação. Isso tende a supervalorizar a quantidade de imunizados em relação ao total.
Nos primeiros meses do ano, a maior parte da população brasileira ainda não havia tomado nenhuma dose das vacinas. O início da campanha de imunização foi organizado pela dinâmica de grupos prioritários, como idosos e profissionais da área da saúde.
Por isso, os dados do início do ano apontam que a maior parte dos internados não tinham sido vacinados, já que uma porcentagem pequena da população brasileira havia recebido um imunizante. Os dados mostram que, usando esse intervalo, a partir de janeiro, 73,23% das pessoas hospitalizadas não tinham tomado nem mesmo uma dose do fármaco.
Em maio, o Ministério da Saúde e a Comissão Intergestores Tripartite (CIT) decidiram, em reunião conjunta, que estados e municípios poderiam iniciar a vacinação contra Covid-19 por faixa etária, desde que já tivessem finalizado a imunização de grupos prioritários.
Ao observar os dados por unidade federativa, é possível observar que os não vacinados são minoria na população, mas maioria entre os internados de quase todos os estados brasileiros. Pernambuco e Rio de Janeiro são as únicas exceções.
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