O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) continua sendo alvo de polêmicas. Desta vez, ele foi apontado por usar sua influência em benefício da família, mais especificamente, de um de seus filhos.
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O Exército Brasileiro autorizou que Laura Bolsonaro, de 11 anos, filha do presidente Jair Bolsonaro, seja matriculada no Colégio Militar de Brasília (CMB), para o ano letivo de 2022, sem precisar passar pelo processo seletivo da escola. A informação foi confirmada pela instituição na última quarta-feira (27).
Vale ressaltar que as matrículas em colégios militares do Exército se dão por meio de processo seletivo, pelos quais passam os candidatos que disputam vagas abertas nas unidades de ensino. A gíria “peixada”, no entanto, é usada para dizer que uma pessoa conseguiu algo, pois tinha contatos influentes, e não por mérito próprio.
Em agosto, Bolsonaro apresentou um pedido para que a filha frequentasse a escola sem passar por processo seletivo. A mensalidade da escola custa entre R$ 250 e R$ 278.
O Colégio Militar permite admissão de dependentes de militares em situações específicas como transferidos de estado, designados para missão no exterior, além do público em geral. No entanto, para os não dependentes de militares é obrigatório passar por processo seletivo.
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Em nota, o Exército informou que a decisão foi do general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, indicado por Bolsonaro para o cargo. Segundo o texto, ele deferiu "solicitação de matrícula em caráter excepcional".
O Exército afirma ainda, que o regulamento "faculta ao Comandante do Exército apreciar casos considerados especiais, ouvindo o Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), conforme justificativa apresentada pelo eventual interessado".
"O DECEx apresentou parecer favorável à solicitação de matrícula. Posteriormente, o caso foi submetido ao Gabinete do Comandante do Exército para análise. Cumpridas as etapas anteriormente descritas, o processo foi levado ao Comandante do Exército, que emitiu despacho decisório deferindo a solicitação de matrícula em caráter excepcional", diz a nota.
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