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EDUCAÇÃO

Bolsonaro diz que Enem 2021 terá "a cara" de seu governo

O presidente afirmou que a prova deste ano não terá "aquelas questões absurdas do passado, temas de redação que não tinham nada a ver com nada"

Imagem ilustrativa da notícia Bolsonaro diz que Enem 2021 terá "a cara" de seu governo camera Wilson Dias/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (15) que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ocorrerá normalmente no final deste mês, apesar da crise detonada com a renúncia em massa de servidores de cargos de chefia no órgão responsável por sua organização, o Inep.

"Conversei rapidamente com o Milton [Ribeiro, ministro da Educação], que é uma pessoa séria, responsável, é do ramo. Ele mandou mensagem para mim agora, disse que a prova do Enem vai ocorrer na mais absoluta tranquilidade", declarou o presidente, durante viagem a Dubai.

A crise foi deflagrada em 8 de novembro, quando 35 servidores do Inep entregaram seus cargos no instituto, citando "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep [Instituto nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais]". Eles se mantêm como servidores de carreira, no entanto.

Parte destes funcionários estava diretamente envolvida na organização da prova, marcada para os dias 21 e 28 de novembro. Sem entrar em detalhes, o presidente disse que estes servidores ganhavam salários excessivos.

"O negócio é complexo. Não quero entrar em detalhes, mas é um absurdo o que se gastava com poucas pessoas lá. Um absurdo. Inadmissível o que acontecia", afirmou Bolsonaro. Os servidores, no entanto, eram do quadro técnico do órgão e metade deles só chegou aos atuais cargos comissionados de chefia por decisão de presidentes indicados por Bolsonaro.

O presidente disse ainda que o exame a partir de agora atende aos princípios ideológicos de seu governo. "Agora, começam a ter a cara do governo as questões da prova do Enem. Ninguém precisa estar preocupado com aquelas questões absurdas do passado, temas de redação que não tinham nada a ver com nada", disse.

Alguns dos temas da prova do Enem, sobretudo os das redações, incomodam a base conservadora do presidente Bolsonaro, especialmente os relativos a identidade de gênero e minorias. Segundo Bolsonaro, o Enem agora é "algo voltado para o aprendizado".

No último dia 14, o programa Fantástico, da Rede Globo, divulgou reportagem na qual ex-servidores do Inep detalhavam interferência do ministério em algumas das questões do exame, além de situações de intimidação. Também apontavam despreparo do comando da entidade.

Em junho, a Folha revelou que uma portaria do Inep estabelecia uma espécie de "tribunal ideológico", com a criação de uma nova instância de análise dos itens das avaliações da educação básica. O documento falava em não permitir "questões subjetivas" e atenção a "valores morais".

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