A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou a Starlink, empresa do bilionário Elon Musk, a operar satélites de órbita baixa no Brasil. Com isso, a empresa vai poder oferecer seu serviço de internet em todo o território nacional. Outra companhia, a Swarm, também foi autorizada a atuar nesse mesmo segmento no país.
Conectividade via satélite
Com a decisão, áreas remotas e sem infraestrutura de cabos poderão ter conexão de alta velocidade à internet usando antenas. A licença é válida até março de 2027 para o sistema de satélites da Starlink e até 2035 para os satélites da Swarm Technologies. Essa segunda empresa oferece serviços de conectividade via satélite, mas focada em internet das coisas (IoT, na sigla em inglês).
A Starlink, que passa a se chamar Starlink Brazil Holding Limitada na representação brasileira, ainda não revelou planos, prazos e áreas de cobertura no país. A autorização da Anatel cita que a "constelação" da Starlink será de 4.408 satélites. Para os usuários brasileiros, será exigido um serviço constante de monitoramento do sinal.
Desde 2018, a SpaceX lançou cerca de 600 satélites no âmbito do projeto Starlink. A ideia é colocar em órbita ao menos 12 mil deles para prover internet de banda larga com preços acessíveis e em pontos que não são atendidos pelas redes atualmente existentes. Cada um pesa cerca de 260 quilos e é quase do tamanho de um carro.
Desejo do governo
A concessão do direito de exploração à Starlink era um desejo do governo brasileiro. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, se reuniu em novembro do ano passado com Elon Musk para discutir uma possível parceria com o governo brasileiro.
A intenção do governo é usar os satélites das empresas de Musk para levar internet de alta velocidade para a região amazônica, conectando escolas, unidades de saúde e comunidades indígenas em áreas remotas, onde é mais difícil chegar internet por fibra óptica, por exemplo.
A tecnologia poderia ser usada ainda, segundo o Ministério das Comunicações, para preservação da floresta amazônica através do monitoramento, via satélite, de desmatamentos ilegais e de incêndios.
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