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INVESTIGAÇÃO

Caso Dom Phillips e Bruno Araújo: PF prende dois suspeitos 

Em meio às buscas por indigenista e jornalista inglês desaparecidos, agentes detiveram dois pescadores que foram encaminhados para a Polícia Civil na cidade de Atalaia do Norte (AM).

Imagem ilustrativa da notícia Caso Dom Phillips e Bruno Araújo: PF prende dois suspeitos  camera Dom Phillips, do Guardian, e Bruno Pereira, da Funai, não são vistos desde domingo (5). | Reprodução

A Polícia Federal (PF) prendeu, no final da noite desta segunda-feira (6), dois homens suspeitos de participação no desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira, ex-coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do jornalista inglês Dom Phillips, corresponde no Brasil do jornal The Guardian.

Eles foram vistos pela última vez na tarde do último domingo (5), quando embarcaram com destino ao município de Atalaia do Norte, no interior do Amazonas. Segundo a PF, os homens foram detidos na comunidade ribeirinha de São Rafael, última parada de Bruno e Dom antes de serem dados como desaparecidos.

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Os suspeitos, que foram conduzidos até Atalaia do Norte e encontram-se detidos na carceragem da Polícia Civil, foram identificados como “Churrasco” e “Jâneo”. De acordo com informações da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bruno tinha um encontro marcado com Churrasco, na localidade de São Rafael, no domingo.

No entanto, Churrasco não estava em casa e os dois teriam seguido viagem até a cidade de Atalaia. Trajeto que duraria apenas duas horas, mas que jamais foi concluído pelos homens. Eles não foram mais vistos após a tentativa de encontro com o pescador e não fizeram mais contato.

No momento em que esta matéria está sendo publicada, o desaparecimento de Bruno e Dom já durava quase 46 horas. O caso ganhou repercussão internacional ainda na segunda-feira, após a publicação de uma nota oficial conjunta da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) e do Observatório de Direitos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi) a respeito do desaparecimento.

"Enfatizamos que, conforme relatos dos colaboradores da Univaja, essa semana a equipe recebeu ameaças em campo, além de outras que já vinham sendo feitas à equipe técnica da Univaja, além de outros relatos já oficializados para a Polícia Federal e ao Ministério Público Federal em Tabatinga", afirmou Beto Marubo, membro da coordenação da Univaja, entidade composta por indígenas das etnias Marubo, Mayoruna (Matsés), Matis, Kanamary, Kulina-Pano, Korubo e Tsohom-Djapá.

Apelo

Na segunda-feira (6), a esposa de Dom Phillips, Alessandra Sampaio, fez um apelo às autoridades brasileiras para que assumissem o comando das buscas pelo marido e o colega de trabalho. “Quero implorar às autoridades brasileiras que busquem meu marido, Dom Phillips, e seu parceiro de expedição, Bruno Pereira, com urgência”, escreveu a mulher em uma carta compartilhada pelos jornalistas Roberto Kaz, da revista Piauí, e Eliane Brum.

“Autoridades brasileiras, nossas famílias estão desesperadas. Por favor, respondam à urgência do momento com ações urgentes. Governo do Brasil, onde estão Dom Phillips e Bruno Pereira?”, questionou Alessandra, que acredita que o fato do marido ter denunciado em inúmeras reportagens os problemas da Amazônia pode estar por trás do desaparecimento.

O que se sabe até agora:

- O indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês inglês Dom Phillips estão desaparecidos na região do Vale do Javari, no Amazonas. A informação foi confirmada pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) na manhã da última segunda-feira (6).

- Bruno é considerado um dos indigenistas mais experientes da Fundação Nacional do Índio (Funai). No órgão desde 2010, ele foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por cinco anos.

- O indigenista vinha sofrendo ameaças por combater a exploração ilegal e a invasão de terras indígenas.

- Dom Phillips é um jornalista colaborador do veículo britânico The Guardian e está trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson.

- No dia 3 de junho, os dois fizeram uma viagem até um posto da Vigilância Indígena em uma localidade chamada Lago do Jaburu, no Amazonas, onde o jornalista entrevistaria integrantes da comunidade local.

- Eles estavam utilizando uma embarcação nova, de 40 cavalos, e 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem.

- Segundo informações iniciais, eles desapareceram quando faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.

- O Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai) investigam o caso.

- O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), determinou que as polícias Civil e Militar criem um ivil e Militar criem uma força-tarefa para procurar a dupla.

- A Marinha está coordenando as buscas e enviou equipe para região onde jornalista e indigenista sumiram. Funai, Ibama, PF e Força Nacional também participam das buscas.

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