Após a repercussão dos casos de assédio sexual cometidos pelo então presidente da Caixa, Pedro Duarte Guimarães, o assunto ficou em evidência, especialmente pelo teor dos relatos das vítimas, que acenderam o alerta para a ocorrência de casos parecidos em outros órgãos do Governo Federal.
Pois os dados de painel da Controladoria-Geral da União (CGU) mostram que as denúncias de assédio moral e sexual praticamente dobraram entre janeiro e junho de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021.
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Entre 1º de janeiro e a última quarta-feira (29/6), foram registradas 704 denúncias desses tipos. Isso equivale a cerca de quatro queixas por dia. Deste total, 545 tratam de assédio moral e 85 de assédio sexual.
A quantidade de casos em 2022 é 93% maior em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram computadas 364 denúncias.
Nunca antes tinham sido feitas tantas queixas como agora, segundo a série histórica da CGU, iniciada em 2015. Confira:
GOVERNO BOLSONARO
Somente no governo de Jair Bolsonaro (PL) – ou seja, desde 1º de janeiro de 2019 –, há registro, até agora, de 2,7 mil manifestações de assédio sexual ou moral. Dessas, 2,3 mil foram respondidas, 106 estão em tratamento e 250 restaram arquivadas. Apenas duas foram encaminhadas para órgão externo, de acordo com o painel.
Nesse período, o Ministério da Economia lidera a lista de denúncias recebidas, com 260 manifestações. Em seguida, aparecem no ranking a própria CGU (105), o Ministério da Educação (103), a Universidade Federal de Goiás (81), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (65) e o Ministério da Saúde (62).
Apesar das várias recentes denúncias na Caixa Econômica Federal que envolviam diretamente o nome do então presidente do banco, Pedro Guimarães, o painel da Controladoria-Geral do União não registrou nenhum caso de assédio no órgão desde o início da série histórica.
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