Sergio Paulo Rouanet, intelectual de vasta carreira que criou a lei que leva seu sobrenome durante sua passagem pelo governo Collor como secretário da Cultura, morreu neste domingo (3), aos 88 anos.
Formado em ciências jurídicas e sociais, o professor e ensaísta realizou doutorado em ciência política e deu aulas no Instituto Rio Branco. Ele também ocupava, há 30 anos, a cadeira de número 13 da Academia Brasileira de Letras.
Rouanet foi diplomata de carreira por décadas, tendo sido embaixador na Dinamarca, cônsul-geral em Zurique, na Suíça, e ocupado postos na Organização das Nações Unidas, na Organização dos Estados Americanos e chefias de departamento no Itamaraty, em Brasília, antes de integrar o governo federal.
Em 1991, o professor foi convidado por Fernando Collor de Mello para ocupar a Secretaria Nacional de Cultura, que tinha status de ministério à época, cargo no qual ficou até o ano seguinte.
A passagem breve foi marcada por uma das mudanças mais significativas no cenário cultural brasileiro, a criação da Lei de Incentivo à Cultura, que serviu de estímulo financeiro para a realização de projetos artísticos em todos os campos no Brasil e sofreu reforma durante o governo Bolsonaro, quando deixou de levar o nome de seu criador.
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