Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, chocou o Brasil ao ser flagrado estuprando uma mulher grávida sedada em pleno parto. Preso após a denúncia da equipe multiprofissional do hospital em que atuava, o médico anestesista agora passa seus dias dentro de uma cela de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, localizado no Rio de Janeiro.

Após a prisão em flagrante, os pais de Giovanni Quintella desocupam o apartamento onde o filho morava, na Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro. O pedido de liberação do apartamento veio do proprietário do local após a repercussão do crime. 

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De acordo com vizinhos do anestesista, os pais de Giovanni estiveram no apartamento nas primeiras horas da manhã e não falaram com ninguém.

Segundo pessoas do convívio de Quintella, ele era considerado uma pessoa bastante reservada e não costumava falar com ninguém, exceto com o personal trainer que o acompanhava na rotina frequente de treinos em uma academia localizada ao lado do prédio em que morava

IMPRESSÕES

Algumas pessoas que conheciam Giovanni dizem que ele era "extremamente vaidoso" e dedicado à rotina de treinos na academia. "Às vezes ficava na academia até o último horário. Treinava com um personal trainer e nunca batia papo com mais ninguém", pontua um homem, que não quis se identificar.

Uma outra pessoa da vizinhança comentou como os moradores e frequentadores da academia reagiram ao saber do crime cometido pelo anestesista. "Todos ficaram chocados. A gente via o Giovanni diariamente. É bem estranho pensar que ele fez aquilo. Ele parecia normal", relata, também preferindo não se identificar.

De acordo com as pessoas que conheciam Giovanni, falar sobre o médico preso é difícil porque ele nunca deu abertura para ninguém se aproximar. O anestesista não tinha o hábito de receber amigos em seu apartamento, mas costumava estar acompanhado de mulheres.

"Ele era rico, tinha uma condição boa, uma namorada linda. Ele tinha tudo. Não dá pra entender", pondera um dos entrevistados.

FAMÍLIA

A família de Giovanni também mora na Barra da Tijuca. Os pais são separados e ficaram em choque com as ações criminosas do filho.

O pai de Quintella é médico, tem 41 anos de carreira e é dono de uma clínica de ginecologia. Na última quarta-feira (13), o estabelecimento, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, estava fechado.

TRABALHO

Giovanni Bezerra atuou em pelo menos 10 hospitais públicos e privados ao longo da carreira. Os hospitais Copa Star e Barra D’Or, Rio Mar e Balbino informaram que o cadastro de Giovanni como médico assistente está suspenso até ser concluído o inquérito policial.

A Unimed-Rio informou que vetou qualquer possibilidade de atuação do médico em suas unidades.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) disse que Bezerra prestava serviço há seis meses como pessoa jurídica para os hospitais estaduais da Mãe, da Mulher e Getúlio Vargas e que as unidades estão em contato com a Polícia Civil para colaborar com as investigações.

O Hospital de Clínicas Mário Lioni decidiu pelo cancelamento imediato do credenciamento de Giovanni como prestador de serviços na unidade.

A família do médico ainda não se pronunciou sobre o caso. 

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