Desde o último mês de junho, tornou-se comum a venda de toalhas com os rostos dos candidatos à presidência pelas ruas de Belém. E, já próximo do dia da eleição, no domingo (2), a tendência é as vendas aumentarem. De acordo com vendedores, a procura por produtos do gênero apresentou um aumento de 20% nessa semana.

O vendedor Thiago Luiz, de 21 anos, usa o canteiro central da avenida Duque de Caxias como espaço para atrair potenciais clientes. O autônomo vende itens com citações a candidatos, principalmente Lula e Bolsonaro, como toalhas de banho e de rosto, além de bandeirinhas para automóveis e os famosos bandeirões vermelho ou verde e amarelo.

Ele afirma que “há sempre espaço para mais produtos”. E espera que a disputa vá para o segundo turno. “Desta forma ganhamos mais um mês para garantir um dinheiro extra”, explica. Com base nas vendas, os comerciantes mensuram até o possível resultado das eleições, por meio do que eles chamam de “DataToalha”. No bairro da Pedreira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem a preferência. Já no Marco, quem leva a melhor é o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“As vendas estão tranquilas aqui na avenida João Paulo II, mas estou conseguindo fazer um dinheiro a mais se comparado a outros momentos do ano. Antes as bandeiras de seleção de futebol eram o foco, mas com essa polarização, passamos a ganhar mais com as políticas”, diz o autônomo Fernando José Júnior, 33.

Marcelo da Silva, 52, lembra que assim como em 2018, neste ano os candidatos não possuem muito tempo de propaganda nas rádios e TVs. Desta forma, os eleitores passaram a ser o principal meio de campanha massiva, com o uso de camisetas, faixas, chapéus, bandeiras, lenços, adesivos e até roupa de banho.

Por consequência, o mercado se adapta e oferece uma variedade de itens para todo o tipo de gosto e bolso. “Estou há três meses e meio trabalhando com a venda desses itens. O meu carro chefe são as bandeirinhas para automóveis, que estão saindo em média a R$ 25 reais, mas dá pra fazer por R$ 20 dependendo do choro. Por dia eu vendo umas 20 unidades”, detalha Marcelo.

Isaque Carvalho, 47, também entrou nesse ramo “temporário”, mas que tem ajudado a levar sustento para dentro de casa. “Com o passar do tempo a quantidade de trabalhadores foi crescendo e as vendas começaram a ficar divididas. Tem dia que dá pra fazer uma grana bacana, mas em outros momentos a demanda deixa a desejar, mas de resumo podemos dizer que está satisfatório”, declarou.

MAIS ACESSADAS