No último final de semana, o pai da mineira Letícia Maia, de 21 anos, fez uma publicação afirmando que a filha teria sido envolvida em um esquema de tráfico humano para prostituição nos Estados Unidos pela modelo, influencer e guru paraense, Kate Torres. A família da jovem também registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, que está investigando o caso.
A denúncia foi confirmada pela mãe da moça, na última segunda-feira (17). Em entrevista ao jornal O Tempo, ela relatou que a filha sempre foi "carinhosa, dócil e apegada à família", mas que estranhamente havia mudado seu comportamento após a ida para o exterior, em 2019. Ainda na segunda, o caso ganhou um novo desdobramento.
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Durante uma live que contou com a participação de Kate Torres - que utilizava a conta do namorado, após deletar o seu perfil oficial -, um seguidor pediu que Letícia mordesse os lábios se quisesse sinalizar que estava precisando de ajuda. Pouco tempo depois de ler a mensagem no chat da transmissão, a jovem mineira fez o sinal solicitado.
Na live, porém, tanto Kate quanto Letícia repetiram as acusações contra a família da mineira, acusando os pais de abusar dela quando criança. As duas também acusaram uma emissora de TV, que as teria entrevistado mas não levou ao ar a conversa.
A mãe de Letícia, que preferiu não se identificar, acredita que a filha estaria sendo forçada ou manipulada por Kate. "Letícia tem que fazer o que a Kate manda. Acredito também que a Kate faça parte de uma seita", disse a mulher, nesta terça-feira (18).
"Descobrimos que essa suposta 'guru' que teria incentivado minha filha a fazer o intercâmbio por uma empresa e depois abandonar o programa, prometendo que ela ficaria famosa, milionária e conseguiria o green card (cidadania norte-americana) se pagasse US$ 8 mil", continuou a mãe.
ITAMARATY ACOMPANHA O CASO
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Houston, informou que está acompanhando o caso e mantém contato diário com as "autoridades policiais norte-americanas" que já estão investigando a situação.
"Aquela repartição consular permanece à disposição para prestar a assistência cabível às nacionais brasileiras e a seus familiares, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local", complementa a nota.
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