plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 26°
cotação atual R$


home
TENSÃO

'País para se PEC da Gastança' não for aprovada, diz Relator

Proposta passou pelo Senado, mas ainda está sem previsão de votação pelos deputados federais

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia 'País para se PEC da Gastança' não for aprovada, diz Relator camera Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). | Reprodução/ Twitter

O relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou nesta terça-feira (13) que, se a PEC (proposta de emenda à Constituição) da Gastança não for aprovada, o país enfrentará um "caos orçamentário" e corre o risco de parar no primeiro mês do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Castro deu entrevista nesta terça no Senado, um dia após apresentar o relatório do Orçamento de 2023 com a incorporação dos R$ 145 bilhões em gastos adicionais autorizados pela PEC aprovada pelos senadores. Outros R$ 23 bilhões em investimentos fora do teto de gastos também estão previstos na PEC. O texto, no entanto, ainda está sem previsão de votação na Câmara dos Deputados.

O senador foi questionado sobre a inclusão no Orçamento de despesas que dependem da PEC, antes mesmo da validação dos deputados. "Eu precisava fazer o meu trabalho porque o prazo estava expirando", disse. "Então meu trabalho está feito e eu estou contando que Câmara vai agir com o mesmo espírito que o Senado agiu, aprovando."

Castro disse que construiu o relatório contando com o cenário de aprovação do texto pelos deputados. "Se ela não for, que Ave Maria de uma coisa dessa aconteça ao Brasil, seria o caos do ponto de vista orçamentário e o país pararia. Acredito que, no primeiro mês do governo do Lula, nós já estaríamos com dificuldade de o país continuar rodando."

O relator também sinalizou que o prazo ideal para aprovação da PEC pelos deputados é até quarta-feira (14), para que seu parecer seja analisado na CMO (Comissão Mista de Orçamento) na quinta (15) pela manhã e aprovado no Congresso na quinta à tarde.

"Esse seria o melhor dos mundos. Mas se isso não for possível, nós ainda temos a próxima semana para a gente votar", afirmou.

A PEC foi aprovada pelos senadores na quarta-feira passada (7). A expectativa de aliados de Lula era de que o texto fosse aprovado sem alterações pela Câmara nesta semana. No entanto, partidos do centrão começaram a defender uma redução do valor e também que o prazo fosse de apenas um ano, e não dois, como aprovado no Senado.

Veja também:

Conforme as mudanças feitas por Castro, o programa Bolsa Família e as ações de Saúde e Educação serão as maiores contempladas na distribuição de recursos extras no Orçamento de 2023.

O Ministério da Cidadania, que poderá trocar de nome no futuro governo, terá recomposição em R$ 75 bilhões -dos quais R$ 70 bilhões serão destinados à manutenção do benefício mínimo de R$ 600 do Bolsa Família e ao adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. Os outros R$ 5 bilhões vão financiar demais ações da pasta.

O senador também falou sobre reajuste para servidores do Executivo, que vai ter o mesmo percentual do aplicado ao Judiciário e ao Ministério Público. "São 9% que vai ser dado para a Justiça e para o MP. Esse mesmo percentual, do mesmo jeito que a Justiça vai ter esse aumento, o servidor do Executivo vai ter também", afirmou.

"Não é justo que aqueles que já ganham mais tenham aumento de 9% e os servidores que ganham menos tenham aumento menor", acrescentou. Segundo ele, o valor para o reajuste gira em torno de R$ 11 bilhões.

Castro também falou sobre a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal declarar a inconstitucionalidade das emendas de relator, usadas como moeda de troca por apoio político no Congresso.

"Hoje, eu não vejo mais motivo de o STF, não estou ensinando a eles o que fazer, longe de mim, eu não sou nem jurista, sou psiquiatra, mas não vejo razões para o supremo determinar a inconstitucionalidade das emendas de relator", afirmou.

O senador afirmou que, para diminuir a resistência aos recursos, será apresentado às mesas da Câmara e do Senado um projeto de resolução com mudança na distribuição das emendas.

O texto deve estipular que 80% dos recursos sejam distribuídos conforme o tamanho das bancadas partidárias. Além disso, 7,5% ficariam a cargo da Mesa Diretora do Senado e outros 7,5% seriam distribuídos pela Mesa Diretora da Câmara, hoje comandadas, respectivamente, por Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL). Os 5% restantes teriam distribuição feita pela CMO.

A ideia é que esse projeto seja votado na sessão do Congresso na quinta-feira.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Brasil

    Leia mais notícias de Notícias Brasil. Clique aqui!

    Últimas Notícias