Você sabia que existem tamanduás albinos? Ou melhor, que existe apenas um tamanduá albino no mundo todo? O espécime foi encontrado em uma fazenda no Mato Grosso do Sul e está sendo acompanhado de perto por uma equipe de cientistas do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), uma ONG que atua no Centro-Oeste.
De acordo om os pesquisadores, há alguns meses, um outro tamanduá com a mesma mutação genética havia sido localizado na mesma região, mas já estava morto. Agora, a missão é tentar conservar e entender o modo de vida do animal que segue vivo.
O tamanduá albino batizado de "Alvin" tem oito meses de vida e foi achado junto de sua mãe. Os especialistas colocaram um dispositivo para monitorar seus movimentos e tentar compreender como o bichinho conseguiu sobreviver tanto tempo com a condição.
A mãe de Alvin não é albina, o que surpreende os cientistas. Somando isso ao fato de que outro animal similar ter aparecido na mesma fazenda, os pesquisadores concluíram que podem se tratar de irmãos.
“Dois tamanduás albinos aparecerem na mesma fazenda é como se dois raios caíssem no mesmo lugar. Por isso, nós acreditamos que sejam irmãos”, explica a bióloga Nina Attias, pesquisadora do ICAS, em entrevista à BBC.
“Para um nascer albino, é necessária uma combinação dos genes do pai e da mãe. É uma questão de acaso mesmo, muito difícil de acontecer”, completa.
O tamanduá-bandeira perdeu cerca de 30% de sua população nos últimos 10 anos em decorrência da redução de seu bioma original, o Cerrado, que está ameaçado pela plantação de soja e pela pecuária na região Centro-Oeste.
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