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ATOS GOLPISTAS

Lula: 8 de janeiro foi começo de golpe de Estado

O chefe do Executivo disse que viu os atos de vandalismo como um “começo de golpe de Estado” e afirmou que integrantes das Forças Armadas que quiserem fazer política têm de tirar a farda e renunciar do seu cargo.

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Imagem ilustrativa da notícia Lula: 8 de janeiro foi começo de golpe de Estado camera Lula diz que sistema de inteligência do governo federal não funcionou | Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (18) que o sistema de inteligência do governo federal “não existiu” no dia 8, quando as sedes dos três Poderes foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O chefe do Executivo disse que viu os atos de vandalismo como um “começo de golpe de Estado” e disse que integrantes das Forças Armadas que quiserem fazer política têm de tirar a farda e renunciar do seu cargo.

“Enquanto estiver servindo às Forças Armadas, à Advocacia-Geral da União, no Ministério Público, essa gente não pode fazer política. Tem que cumprir com a sua função constitucional, pura e simplesmente”, declarou em entrevista à GloboNews.

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Ele fez duras críticas ao sistema de inteligência do governo federal. “Nós temos inteligência do GSI, da Abin, do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, ou seja, a verdade é que nenhuma dessas inteligências serviu para avisar ao presidente da República que poderia ter acontecido isso. Se eu soubesse na sexta-feira que viriam oito mil pessoas aqui, eu não teria saído de Brasília. Eu saí porque estava tudo tranquilo.”

Lula disse que estava em Araraquara (SP) no momento da invasão e que, se soubesse do risco de invasão aos palácios, não teria deixado a capital federal. “Quando eu saí de Brasília na sexta, tinha a informação que estava tudo tranquilo. E depois aconteceu o que aconteceu no domingo, com convocação nas redes sociais. Nenhuma inteligência serviu para me avisar que poderia acontecer isso. Se eu soubesse, não teria viajado”, afirmou.

Ele prosseguiu com as críticas à inteligência do governo e afirmou que a invasão foi preparada por “muito tempo”. “Eles não tiveram coragem de fazer nada durante a posse. Na verdade, nós cometemos um erro, eu diria elementar: a minha inteligência não existiu. Eu saí daqui na sexta-feira com a informação que tinham 150 pessoas no acampamento, que tava tudo tranquilo, que não iriam permitir que entrasse mais ônibus, que não iriam permitir que juntasse mais ninguém. Eu viajei para São Paulo na maior tranquilidade. E aconteceu o que aconteceu”, criticou.

Também nesta quarta, em evento no Planalto com representantes das centrais sindicais, Lula disse que Bolsonaro tem culpa sobre os ataques e também afirmou que a invasão das sedes dos Poderes foram uma “tentativa de golpe por gente preparada”.

Lula voltou a criticar o ex-presidente na entrevista. “Impressão de que Bolsonaro queria voltar ao Brasil na glória de um golpe”, disse. “Eu fiquei com a impressão inclusive que o pessoal estava acatando ordem e orientação que o Bolsonaro deu durante muito tempo, por muito tempo ele mandou invadir a Suprema Corte, desacreditou do Congresso Nacional, por muito tempo ele pedia que o povo andasse armado, porque isso era democracia.”

O presidente também afirmou que teve gente conivente dentro do Palácio do Planalto que facilitou a invasão. “Eu fiquei com a impressão inclusive que o pessoal estava acatando ordem e orientação que o Bolsonaro deu durante muito tempo. Por muito tempo ele mandou invadir a Suprema Corte, desacreditou do Congresso Nacional, por muito tempo ele pedia que o povo andasse armado, porque isso era democracia.”

O petista disse que recebeu sugestão de decretar uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e que se negou a adotar a medida. “Quando fizeram GLO no Rio de Janeiro, o Pezão, que era governador, virou rainha da Inglaterra. Eu tinha acabado de ser eleito presidente da república. O importante é que eu fui eleito presidente da República desse país. E eu não ia abrir mão de cumprir com as minhas funções e exercer o poder na sua plenitude, disse.

O presidente voltou a criticar a Polícia Militar do Distrito Federal e a dizer que houve conivência com as depredações na Esplanada.

Ele voltou a elogiar o ministro da Defesa, José Múcio, e disse que ele seguirá no cargo. “Tenho dito para todo mundo: o Zé Múcio é meu amigo, de muitos anos. É uma pessoa que eu confio, é uma pessoa de muita habilidade política, por isso que ele foi escolhido. Porque ele é um homem que sempre que possível ele tenta evitar qualquer conflito. E tem gente que não gosta disso, tem gente que quer sair logo de cara na porrada. E não é assim”, afirmou

Na última semana, o petista já havia demonstrado grande desconfiança em relação a militares que atuam no governo e mandou um duro recado às Forças Armadas.

“Essa a imagem que eu tenho das Forças Armadas. Umas Forças Armadas que sabem que seu papel está definido na Constituição. As Forças Armadas não são o poder moderador como pensam que são. As Forças Armadas têm um papel na Constituição, que é a defesa do povo brasileiro e da nossa soberania contra possíveis inimigos externos”, disse, em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

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