O ex-ministro Anderson Torres, preso em Brasília desde o último sábado (14), deve prestar um novo depoimento à PF (Polícia Federal) na próxima segunda-feira (23), às 10h30.
De acordo com documento obtido pela reportagem, foi a defesa do ex-secretário quem solicitou a nova oitiva. O pedido ainda deve ser aceito pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Na argumentação, a defesa do ex-secretário afirma que Torres está disposto a responder todas as perguntas que lhe forem feitas, mas o fará após os advogados terem acesso ao inquérito, o que deve acontecer até esta sexta-feira (20).
Torres seria ouvido pela PF nesta quarta-feira (18), mas ficou calado. De acordo com a colunista do UOL Juliana Dal Piva, o ex-ministro pretende quebrar o silêncio nesse novo depoimento.
Ele é investigado por omissão e conivência com os atos golpistas em Brasília no último dia 8, que terminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Na data, ele estava de férias em Orlando, nos Estados Unidos.
Além disso, durante busca e apreensão na residência do ex-ministro, a PF encontrou um rascunho de um decreto para instaurar estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com o objetivo de reverter o resultado da eleição. Em nota publicada nas redes sociais, Torres afirmou que o documento "foi tirado do contexto" e seria descartado.
Sobre o lugar em que o ex-ministro está preso:
A sala onde segue detido tem dimensões modestas, como a sala de um delegado em qualquer DP do país, com um sofá de dois lugares em péssimas condições, rasgado, e uma mesa antiga com quatro cadeiras. Ele dorme numa espécie de cômodo à parte, num beliche. O lugar tem ainda um banheiro de 2,5 metros por 1,5, com vaso, pia e chuveiro bem apertados.
Por fim, nesta pequena antessala onde está a mesa com as cadeiras há um pequenino frigobar. A TV Globo teve acesso a um relatório que descreve minuciosamente o local e que indica que fora autorizada ainda a instalação de um aparelho de TV e de um micro-ondas para o ex-ministro.
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