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Pais devem orientar crianças sobre como planejar finanças

Vale lembrar que o orçamento familiar diz respeito aos recebimentos das pessoas que moram na casa

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Imagem ilustrativa da notícia Pais devem orientar crianças sobre como planejar finanças camera Uma ótima ideia é levar as crianças ao mercado, onde elas podem fazer compras | ( Divulgação )

Janeiro é aquele mês que parece não acabar nunca e, muito dessa sensação, se deve às contas desse início de ano, como IPVA, IPTU e matrículas escolares, que se unem aos gastos de dezembro, com as festas de fim de ano.

Mas esse também é o momento ideal para cuidar do orçamento familiar e organizar o planejamento financeiro para sair do vermelho e deixar as contas no azul no fim do mês.

Vale lembrar que o orçamento familiar diz respeito aos recebimentos das pessoas que moram na casa e todas as despesas mensais — sejam elas ligadas à moradia ou pessoais. Já o planejamento financeiro vai definir as metas financeiras para equilibrar as contas, evitar dívidas e atingir metas a curto e longo prazo.

Nesse processo, é importante que as crianças estejam incluídas para que aprendam desde cedo a lidar com o dinheiro de forma equilibrada, maneiras de fazer economia e como gastar.

Para a educadora financeira, Ana Ferrari, é preciso fazer uma introdução de forma lúdica. “Os pequenos de três anos já conseguem ter entendimento se você trabalha com moedinhas. Com o porquinho (cofre), você pode ensiná-lo que, se guardar uma moedinha hoje, amanhã e depois, aquela moedinha vai se multiplicar. É uma forma de ensiná-la a economizar.”

MESADA

Para crianças na faixa etária de sete a oito anos, ainda de forma lúdica, o processo pode ser abordado de outra forma. Como boa parte das crianças nessa idade já tem entendimento matemático, a mesada pode ajudá-los a entender que devem economizar, mas também gastar a economia para não cultivar avareza. “Os pais não podem dar dinheiro só por dar, é preciso ensinar que as crianças devem guardar para atingir uma meta, como, por exemplo, passear, comprar uma bola, e por aí vai”, orienta.

Uma ótima ideia é levar as crianças ao mercado, onde elas podem fazer compras, conhecer os preços dos produtos para terem noção dos valores em reais. Importante introduzir um caderno de anotações para que eles possam listar os produtos ou, caso a criança ainda não saiba escrever, ela possa desenhar o que deseja. “Além da economia, é importante que a criança gaste esse dinheiro para não criar avareza. Outro bom exemplo é, em caso de viagem, ter uma conversa com a criança, sempre de forma lúdica, dizendo que eles vão se divertir, que precisa da ajuda dela para reduzir os gastos e, com o dinheiro economizado, ela pode ajudar nos gastos”, argumenta.

Os reflexos no futuro dessas crianças são os mais positivos possíveis. Segundo a educadora financeira, a criança aprende a trabalhar ansiedade, entende que precisa poupar, mas também gastar. “Ela aprende que suas decisões hoje vão impactar o futuro. Então, o comportamento dela vai mudar, as escolhas vão ser mais racionais. E, principalmente, não vai se tornar aquele adulto que trabalha, guarda todo o dinheiro, não gasta, deixa tudo para o final da vida e não consegue usufruir”, finaliza.

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