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SÃO PAULO

Lollapalooza é flagrado com trabalhadores escravizados

Nas redes sociais o evento foi criticado pela situação com os profissionais

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Imagem ilustrativa da notícia Lollapalooza é flagrado com trabalhadores escravizados camera Local em que os trabalhadores estavam | (Reprodução Ministério do Trabalho e Emprego de São Paulo)

O Lollapalooza é um dos maiores festivais que acontecem no Brasil, na cidade de São Paulo, uma vez ao ano, reunindo artistas internacionais, com preços de ingressos que podem chegar a custar 5 mil reais. O evento, que inicia nesta sexta-feira (24), foi alvo de críticas nas redes sociais e flagrante de trabalho análogo à escravidão.

Organizadores do evento estariam mantendo cinco trabalhadores em condições análogas a escravidão. Os profissionais foram resgatados na terça-feira (21) no autódromo de Interlagos.

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Segundo relatos de um dos trabalhadores resgatados, eles trabalhavam carregando bebidas em jornadas de 12 horas diárias, e contou como eram as horas que passavam trabalhando.

"Depois de levar engradados e caixas pra lá e pra cá, a gente ainda era obrigado pela chefia a ficar na tenda de depósito, dormindo em cima de papelão e dos paletes, para vigiar a carga", disse um dos trabalhdores.

Os profissionais não tinham nenhum tipo de contrato, ou seja, trabalhavam na informalidade. Rafael Brisque Neiva, que é auditor fiscal do Trabalho e participou do resgate, afirmou que eles não estavam dentro da lei. "Com idade entre 22 e 29 anos, eles não tinham dignidade alguma, dormiam dentro de uma tenda de lona aberta e se acomodavam no chão. Não recebiam papel higiênico, colchão, equipamento de proteção, nada", afirmou ele.

Após a situação, o evento Lollapalooza respondeu sobre a situação para a Repórter Brasil em comunicado.

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Comunicado Lollapalooza

Para realizar um evento do tamanho do Lollapalooza Brasil, que ocupa 600 mil metros quadrados no Autódromo de Interlagos e tem a estimativa de receber um público de 100 mil pessoas por dia, o evento conta com equipes que atuam em diferentes frentes de trabalho, em departamentos que variam da comunicação a operação de alimentos e bebidas, da montagem dos palcos a limpeza do espaço e a segurança. São mais de 9 mil pessoas que trabalham diretamente no local do evento e são contratadas mais de 170 empresas prestadoras de serviços.

A T4F, responsável pela organização do Lollapalooza Brasil, tem como prioridade que todas pessoas envolvidas no evento tenham as devidas condições de trabalho garantidas e, portanto, exige que todas as empresas prestadoras de serviço façam o mesmo.

Nesta semana, durante uma fiscalização do Ministério do Trabalho no Autódromo de Interlagos, foram identificados 5 profissionais da Yellow Stripe (empresa terceirizada responsável pela operação dos bares do Lollapalooza Brasil), que, na visão dos auditores, se enquadrariam em trabalho análogo à escravidão. Os mesmos trabalharam durante 5 dias dentro do Autódromo de Interlagos e, segundo apurado pelos auditores, dormiram no local de trabalho, algo que é terminantemente proibido pela T4F.

Diante desta constatação, a T4F encerrou imediatamente a relação jurídica estabelecida com a Yellow Stripe e se certificou que todos os direitos dos 5 trabalhadores envolvidos fossem garantidos de acordo com as diretrizes dos auditores do Ministério do Trabalho. A T4F considera este um fato isolado, o repudia veementemente e seguirá com uma postura forte diante de qualquer descumprimento de regras pelas empresas terceirizadas.

Esta não é a primeira vez que o festival responde por situações como essa. Em 2019, moradores de rua teriam sido contratados por R$50 reais, para ajudar na montagem do palco, com 12 horas de trabalho, e nas redes sociais, gerou muito crítica.

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