A morte de uma menina de 9 anos em uma troca de tiros em Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, provocou indignação e protestos.
Ester de Assis de Oliveira, 9, foi atingida na quarta-feira (5). O entregador de gás João Vitor Pereira Brander, 19, também morreu. Outras três pessoas ficaram feridas, segundo a Polícia Civil.
Uma das suspeitas é de que a ação tenha sido causada pelo confronto de grupos criminosos que atuam na região. A polícia afirmou que a DHC (Delegacia de Homicídios da Capital) está investigando o caso, mas não deu detalhes sobre a condução dos trabalhos.
"Diligências estão em andamento nas unidades para esclarecer todos os fatos e identificar a autoria dos disparos", disse a polícia em nota.
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Na quinta-feira (6), Thamires de Assis dos Santos, mãe de Ester, levou consigo um urso de pelúcia da filha quando foi ao IML (Instituto Médico-Legal) para o reconhecimento e a liberação do corpo, segundo o portal G1. O sepultamento ocorreu nesta sexta (7).
Também na quinta, um protesto paralisou parte do trânsito em Madureira. Motoristas de ônibus teriam sido obrigados a pararem os veículos. O policiamento foi reforçado na avenida Edgard Romero, importante via da região, segundo a Polícia Militar.
De acordo com a ONG Rio de Paz, 94 crianças e adolescentes de até 14 anos foram mortos por balas perdidas no estado do Rio de Janeiro desde 2007, quando começou a contagem. Só neste ano foram registrados quatro casos, incluindo o de Ester, o que representa uma média de um por mês.
A Rio de Paz anunciou a realização de um protesto na manhã de sábado (8) contra as mortes de crianças por balas perdidas. O ato foi agendado para Copacabana, na zona sul da capital fluminense.
A ONG pediu para o público comparecer à manifestação, em frente à avenida Princesa Isabel, com roupa preta e ursos de pelúcia.
"A imagem da mãe de Ester, de 9 anos, morta por bala perdida em Madureira, no Rio, na quarta-feira, segurando o urso da filha, dispensa comentários. Nossa solidariedade também aos familiares e amigos do jovem trabalhador João Vitor, morto no mesmo confronto entre traficantes, que matou a menina. Até quando essa política de segurança pública vai seguir matando aqueles que amamos?", questionou a ONG nas redes sociais.
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