Um caso inusitado e revoltante ocorreu no último dia 1º de abril em um voo que saiu de São Paulo com destino a Porto Alegre. 

Uma mulher, de 34 anos, relatou ter sido vítima de importunação sexual em um voo da companhia aérea Azul. A moça contou que um homem, que estava na poltrona do seu lado, se masturbou durante a viagem. 

Ela disse que percebeu que o homem estava movimentando as mãos perto da área íntima. A mulher achou a ação estranha e logo depois percebeu que os movimentos ficaram mais rápidos. Foi então que ela se deu conta de que o homem estava se masturbando. 

“Eu estava mexendo no celular quando vi, pela visão periférica, que ele mexia muito na genitália. Como aquela movimentação não parou e ficou mais intensa, comecei a reparar. Ele estava na janela e eu na poltrona do meio. Nessa hora conversei com a senhora que estava do meu lado e pedi para ela olhar e confirmar o que estava acontecendo. Ela me disse que sim, realmente o homem estava fazendo aquilo (se masturbando)”, contou a mulher. 

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Com isso, a moça ficou muito assustada. Ela procurou os comissários de voo e contou o que estava acontecendo. No entanto, para a surpresa dela, eles não chamaram a polícia ou reportaram o caso. 

Segundo a mulher, os comissários verificaram se o passageiro ainda estava se masturbando e apenas trocaram ela de lugar. “Contei o que acontecia, a comissária foi até a poltrona em que eu estava e confirmou que ele estava se masturbando. Ela, então, me acomodou em uma poltrona bem longe. Eu tremia, estava muito nervosa e abalada com aquela situação”, relatou. 

Ao questionar se não iriam chamar a polícia, os comissionados disseram que o homem não havia mostrado a genitália, por isso, não era necessário acionar os policiais. 

Sem apoio dos funcionários, a polícia não foi chamada e o homem desembarcou do voo tranquilamente. Só após voltar para São Paulo foi que a mulher procurou uma advogada e denunciou o caso.

Através de nota, a Azul afirmou que repudia qualquer tipo de comportamento inadequado e que cause constrangimento aos seus clientes. A empresa também alega que assim que soube da situação ocorrida no voo, a tripulação "prestou toda a assistência durante o voo". A Azul também disse que está à disposição das autoridades que investigam o caso.

Importunação sexual

Desde 2018, atos libidinosos, ou seja, que visam satisfazer os desejos sexuais, na frente de uma pessoa que não consentiu é crime. De acordo com a legislação, a pena pode variar de um a cinco anos de prisão. 

Comissários da Azul não acionaram a polícia para cuidar do caso. Foto: Freepik

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