O programa Voa Brasil, do governo federal que tem como objetivo passagens aéreas mais baratas, deve alcançar de 2 milhões a 8 milhões de brasileiros. A primeira etapa, incluindo aposentados e pensionistas, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
"Temos possibilidade de inserir mais 30 milhões a 50 milhões de brasileiros na aviação. Não conseguimos fazer um programa para todos os brasileiros da noite para o dia. A primeira etapa será com públicos específicos", disse o ministro na última quarta-feira (15), em entrevista à GloboNews. O programa prevê passagens aéreas a R$ 200.
Segundo Costa Filho, a expectativa é que o programa seja lançado em janeiro de 2024. "Apresentamos ontem (terça-feira, 14) o Voa Brasil ao ministro da Casa Civil, Rui Costa. Devemos apresentar ao presidente Lula em dezembro e esperamos anunciar em janeiro", afirmou o ministro.
Costa Filho afirmou ainda que o governo brasileiro não aceitará preços abusivos de passagens aéreas. "Os preços das passagens subiram mais de 12% na Europa, mais de 15% nos Estados Unidos e mais de 20% no Brasil, mas não vamos aceitar aumentos injustificados. Em média, o trecho no Brasil é de R$ 580, não se justifica ir para R$ 3 mil a cinco dias da viagem", disse.
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Na terça-feira (13), após reunião com as companhias aéreas, ele afirmou que as empresas irão apresentar um plano para redução dos preços.
"Temos dois problemas que preocupam a aviação: o custo do querosene de aviação e a judicialização", apontou. Segundo ele, no Brasil, o combustível representa de 30% a 35% do custo das companhias, enquanto na Europa é em média de 18%. "O governo busca reduzir o custo do querosene de aviação. Já caiu 14%", disse.
O ministro acrescentou que o governo brasileiro não possui recursos para fornecer subsídios para as empresas aéreas. "Queremos combater preços abusivos. Não faz sentido os trechos subirem para R$ 4 mil", criticou.
Empresas estrangeiras
Ainda segundo o ministro, o governo está intensificando a busca por companhias aéreas estrangeiras para atuarem no Brasil. "Retomamos o diálogo com companhias aéreas estrangeiras, a exemplo do Chile, da Argentina e do mercado americano. Abrimos também o diálogo com os árabes, mostrando o potencial de crescimento da aviação do País de 30 milhões a 40 milhões de passageiros", disse. "Essas conversas entraram nas prioridades do dia", apontou.
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Ele relembrou que as empresas aéreas estrangeiras não podiam atuar no Brasil desde a década de 1990, o que foi modificado nesta gestão. "Nos últimos quatro anos, tivemos a liberação para elas operarem no Brasil, de fato, e fazer voos regionais, mas depois veio a pandemia", citou Costa Filho, em relação à baixa concorrência do setor no País, dominado por três empresas.
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