Um último levantamento realizado pelo Mapa dos Conflitos, da Fiocruz, evidenciou que o Brasil registrou pelo menos 625 conflitos relacionados à discriminação de populações e minorias étnicas pela degradação do meio ambiente, o chamado racismo ambiental.
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Racismo ambiental é uma forma de desigualdade socioambiental que afeta, principalmente, comunidades marginalizadas, a exemplo de negros, indígenas e pobres. São exemplos de comunidades que mais sofrem os impactos negativos da degradação ambiental e a falta de acesso a recursos naturais, enquanto as populações mais privilegiadas usufruem de uma maior proteção ambiental e melhores condições de vida.
Em outras palavras, enquanto áreas mais ricas do país têm acesso à saúde e saneamento básico, milhares que vivem em áreas periféricas são desatendidos pelos serviços públicos.
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Um recorte disso são as pessoas moradoras de favelas e palafitas em todo o Brasil, que vivem próximo de valões durante as enchentes, precisam lidar com ratos frequentemente entrando em suas casas, sofrem com problemas respiratórios, a falta de água potável e/ou de qualidade e a deficiência no saneamento básico. Além das favelas e periferias, entram na lista as comunidades tradicionais e rurais.
As crises vividas por essas pessoas em virtude do impacto ambiental negativo são agravadas pelas condições climáticas. No inverno, enfrentam chuvas mais intensas, enchentes e tempestades avassaladoras. No verão, precisam lidar com a seca extrema e o sol incessante.
Dados do Mapa dos conflitos
Esses são os números apresentados pelo Mapa dos Conflitos, da Fiocruz, compactando os locais onde os conflitos ambientais no Brasil são mais intensos (dados de até maio desse ano): sudeste (189), nordeste (146), estados de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte somam 75 conflitos. Rio Grande do Sul e Santa Catarina somam 39 ocorrências; o Paraná teve 34 casos registrados. Litoral da Bahia (28 conflitos) e o norte de Minas Gerais (31 conflitos). o Maranhão contabiliza 33 ocorrências.
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