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"Justiceiros" saem nas ruas do Rio de Janeiro contra ladrões

Grupos autodenominados de justiceiros fazem "patrulhas" nas ruas de Copacabana, no Rio de Janeiro para "caçar" suspeitos de roubo na região.

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Imagem ilustrativa da notícia "Justiceiros" saem nas ruas do Rio de Janeiro contra ladrões camera Os grupos saem nas ruas com uma única missão: agredir fisicamente suspeitos de roubo na região | Reprodução

Nos últimos dias, o bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, tem enfrentado um preocupante aumento da violência nas ruas, o que tem levado à emergência de grupos autodenominados "Justiceiros" que buscam fazer justiça por conta própria.

Similar aos eventos de 2015, indivíduos desses grupos, que se organizam através de aplicativos de mensagens, estão se mobilizando para identificar e "caçar" suspeitos de roubo na região.

Os membros dos "Justiceiros", muitos deles praticantes de jiu-jitsu, têm sido identificados portando tacos de baseball, pedaços de pau e até socos ingleses, além de alguns contarem com a presença de seguranças armados. Paralelamente, um outro grupo autodenominado "Bad Boys" decidiu atuar independentemente nas ruas.

Dados preocupantes

De acordo com os dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ), obtidos por meio dos registros na 12ª Delegacia de Polícia Civil, entre janeiro e outubro de 2022 e 2023, Copacabana testemunhou um significativo aumento nos casos de roubo e furto. Em 2022, foram registrados 3.978 furtos no bairro; em 2023, esse número já atingiu 4.914 ocorrências. Em resumo, houve um aumento de 23% no total de furtos em apenas um ano.

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Práticas

O debate sobre como lidar com os ladrões tem sido intenso. Em mensagens obtidas pelo portal IG, um dos membros da organização expressou o desejo de "deixar esses vermes pelados na pista, amarrados em postes como exemplo". Outro membro argumentou que essa ação seria "perder muito tempo" e defendeu uma abordagem mais incisiva, sugerindo "arrebentar e sair".

Motivação

A motivação primária por trás da atuação desses grupos parece ser a vingança pelo caso de Marcelo Rubim Bechimol, 67 anos, espancado por ladrões ao tentar salvar uma mulher de um assalto. Conforme mensagens divulgadas nos aplicativos de mensagens, as "rondas" desses grupos já estão em andamento pelas ruas.

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Patrulha

A intenção declarada desses membros é transmitir a mensagem de que a população não permanecerá passiva diante dos roubos e agressões, prometendo "patrulhar" as ruas de Copacabana. Os justiceiros estão recomendando que seus membros escondam tatuagens e cubram o rosto com "máscaras de covid" para evitar serem identificados.

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