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ESTUDO

Maconha durante gestação aumenta riscos à saúde

Problemas como hipertensão e baixo peso ao nascer são mais frequentes quando há exposição à droga

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Imagem ilustrativa da notícia Maconha durante gestação aumenta riscos à saúde camera 26% das grávidas que consumiram Cannabis tiveram algum efeito adverso | Foto: Reprodução/ Internet

Qualquer elemento ingerido ou consumido pelo corpo humano afeta seu equilíbrio, de forma positiva ou negativa. Não é diferente quando analisamos os efeitos do uso de drogas no organismo. Entender os efeitos do uso da maconha e como essa substância afeta a saúde é essencial para influenciar escolhas em prol de um estilo de vida saudável.

Um estudo realizado com mais de 9.000 pessoas de diferentes regiões dos Estados Unidos, identificaram que o consumo de maconha por mulheres grávidas aumenta o risco de complicações à saúde da gestação. Problemas como parto prematuro e baixo peso ao nascer são mais frequentes quando há exposição à droga durante a gravidez.

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Os cientistas analisaram a incidência de uma série de problemas entre as participantes da pesquisa: nascimento de bebês pequenos para a idade gestacional, natimortos, parto prematuro e hipertensão arterial nas mulheres –condições que estão associadas, entre outros fatores, a disfunções placentárias.

Enquanto 26% das grávidas que consumiram Cannabis tiveram algum efeito adverso, a proporção caiu para 17% entre aquelas que não fizeram uso da substância. A pesquisa foi publicada no último dia 12 na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association), da Associação Médica American.

Segundo a publicação, estudos anteriores realizados em animais e humanos já identificaram que a Cannabis pode afetar negativamente a placenta, que é fonte de nutrientes e oxigênio ao feto em desenvolvimento. Quanto maior a exposição à maconha durante a gravidez, maior a possibilidade de consequências adversas.

"O uso de Cannabis não é seguro", afirma o médico Robert Silver, professor de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Utah e um dos autores do estudo. "Aumenta o risco de complicações na gravidez. Se possível, o consumo deve ser evitado nesse período", acrescenta.

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As participantes do estudo foram selecionadas entre 2010 e 2013 e forneceram amostras regulares de urina durante o período de gestação. Isso permitiu que os pesquisadores analisassem com precisão os níveis de THC (tetrahidrocanabinol) a fim de determinar o grau de exposição à Cannabis pelas gestantes. Trabalhos anteriores consideraram apenas o autorrelato dos participantes, o que subestmou a taxa real de consumo entre duas e três vezes.

Silver recomenda que mulheres grávidas que utilizem a Cannabis para alívio de náusea ou ansiedade busquem outros medicamentos com segurança comprovada, e enfatiza a necessidade de mais pesquisas que analisem o impacto da substância à saúde.

"Enquanto houver pessoas interessadas em usar esse produto, devemos avaliar os efeitos para a saúde, tanto bons como maus, com a maior precisão possível, e fornecer essa informação às pessoas", afirma.

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