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GUERRA ENTRE ISRAEL E HAMAS

Belém terá "Natal sombrio" com medo de bombas e destruição

Mais de dois meses após o início da guerra entre Israel e Hamas, mais de 20 mil palestinos já morreram. Com o natal, cristãos realizaram uma vigília "sombria" em Belém em solidariedade às vítimas de Gaza

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Imagem ilustrativa da notícia Belém terá "Natal sombrio" com medo de bombas e destruição camera Presépio foi construído de forma diferente neste ano | Reprodução

Tradicionalmente, a cidade de Belém, que fica na Cisjordânia, onde Jesus nasceu, é tomada por fieis na época do Natal. No entanto, neste ano, por conta da guerra entre Israel e o grupo Hamas, o local está vazio.

Cristãos palestinos se reuniram neste sábado (23) para realizarem uma "sombria" vigília, com cantos e orações pedindo o fim da guerra que atinge a Faixa de Gaza e já matou milhares de palestinos.

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Os fiéis também levaram velas e acenderam no local em que acredita-se que Jesus nasceu. A história bíblica conta que Maria deu à luz ao menino Jesus em estábulo, pois não havia mais espaços em nenhuma casa por perto. No local, foi construída a Igreja da Natividade.

Assim, mais de 2 mil anos após o nascimento de cristo, os fiéis se reúnem todos os anos na área onde acredita-se que o estábulo ficava e realizam uma peregrinação alegre e festiva. Mas este ano isso não foi possível por conta da guerra.

De acordo com o último levantamento, mais de 20 mil palestinos já morreram com os bombardeios de Israel. Diferentemente da Faixa de Gaza, que é comanda pelo grupo terrorista Hamas, a Cisjordânia é ocupada pelas forças israelenses e pelo grupo Fatah, que é mais aberto ao diálogo com o governo de Israel.

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Este ano, ao invés do tradicional presépio e das luzes que davam alegria a cidade, foi montado uma representação do nascimento de Jesus em meio a escombros. Tudo isso em solidariedade aos palestinos.

A guerra começou no último dia 7 de outubro, com um ataque do grupo Hamas contra Israel. O bombardeio deixou mais de 1200 pessoas mortas. Desde então, o governo israelense está atacando fortemente a Faixa de Gaza e dificultando o acesso à alimentação e água da população de Palestina.

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