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Casos de dengue aumentam e é preciso ter cuidado

O aumento de casos de dengue em vários estados do Brasil acende o alerta para a necessidade de se tomar medidas preventivas contra a doença, principalmente para evitar o acúmulo de água parada

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Imagem ilustrativa da notícia Casos de dengue aumentam e é preciso ter cuidado camera Água parada em brinquedo representa um risco para a saúde. | (Foto: Irene Almeida)

Com a chegada das chuvas frequentes, o problema de acúmulo de água em quintais, calhas, vasos de plantas e utensílios descartados aumenta o risco da proliferação do Aedes aegypti. O mosquito é transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela.

O aumento nos casos de dengue no Brasil desde o ano passado fez com que as autoridades de saúde procurassem novas maneiras de evitar a propagação da doença. A mais recente delas é a vacina Qdenga, anunciada pelo governo federal na semana passada e que será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em alguns estados.

A coordenadora estadual de controle de arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), Aline Carneiro, avalia que a imunização e as estratégias já aplicadas são essenciais, mas que a população continua sendo fundamental na luta contra o mosquito.

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“Algumas ações como armazenar o lixo em lugar adequado, virar garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água, guardar os pneus em locais cobertos, tampar a caixa-d’água, limpar as calhas, proteger ralos sem tampa com telas finas e eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo, tampinha de refrigerante entre outros, são algumas das formas de conter o avanço da proliferação do mosquito”, afirma.

“O mosquito Aedes aegypti tem uma característica domiciliar e urbana. Os ovos adquirem resistência muito rápido. Bastam 15 horas após a postura para se tornarem resistentes a longos períodos em baixa umidade e podem ficar até 380 dias em ambientes secos. O Aedes tem hábitos diurnos e costuma picar as pessoas com maior frequência durante o amanhecer e o entardecer”.

Entre as estratégias para enfrentar a dengue, Aline Carneiro destaca os informes mensais. “Estamos com a sala de situação há 1 ano e meio funcionando em nossos 13 Centros Regionais de Saúde com as gestões municipais. Também elaboramos reuniões programadas, enviamos um modelo de plano de contingência para os municípios, realizamos treinamento com todos os profissionais de saúde, também fazemos a liberação de inseticida (larvicida e adulticida) e disponibilizamos informações para a divulgação e mídia”, pontua.

A coordenadora diz que a expectativa é grande para a chegada da vacina no estado. “Nesse primeiro momento, não fomos contemplados. Foi liberado somente para os estados em surto e alerta. A vacina é um grande avanço para a medicina, sendo um novo componente de combate à doença, mas é importante ressaltar que não é só a vacina que vai combater a dengue. Mas, enquanto a vacina não vem, vamos continuar conscientizando a população e intensificando as ações por todo os municípios do Estado”.

O DIÁRIO percorreu vários bairros de Belém e encontrou possíveis criadouros do mosquito. Em um trecho da avenida Visconde de Inhaúma, no bairro da Pedreira, havia restos de geladeira, pneus, materiais de plástico, garrafas pets e tampas de garrafa.

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O aposentado Alberto Jorge, 74 anos, conta que o problema é corriqueiro no local. “Essa semana vieram limpar aqui, mas já jogaram lixo novamente. Fica esse amontoado de lixo perto dessa poça de água parada e suja. É muito perigoso, ainda mais nesse tempo chuvoso”.

Já a Praça da Criança, na avenida Marquês de Herval, o que era para ser diversão para as crianças, se tornou um risco para a saúde de quem passa pelo local. O “escorrega bunda” quebrado acumula água parada. Além disso, o local virou um depósito irregular de lixo. A autônoma, Claudia Santos, 48, conta que a praça ficou abandonada. “Como você pode ver é lixo para todo lado e ainda é um perigo essa água parada nos brinquedos, ainda mais nesse período chuvoso e com tantos casos de dengue”.

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