O cerco parece estar se fechando para o ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns aliados suspeitos de participação em um suposto golpe de estado após as eleições de 2022.
Nesta quinta-feira (08), o coronel do Exército Brasileiro Bernardo Romão Corrêa Neto, um dos principais alvos da megaoperação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF), entregou-se às autoridades. O militar tomou conhecimento do mandado de prisão preventiva contra ele e decidiu se entregar.
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Bernardo é apontado como um dos membros-chave de um suposto grupo que teria conspirado para realizar um golpe de Estado e anular os resultados das eleições de 2022. Sua entrega ocorre em meio a uma série de investigações sobre atividades ilegais relacionadas a tentativas de um golpe contra a democracia no país.
O coronel estava designado para uma missão nos Estados Unidos, em Washington D.C., com todas as despesas cobertas pelo Comando do Exército Brasileiro, até junho de 2025. Essa designação, realizada durante o final do governo de Jair Bolsonaro, levanta suspeitas sobre possíveis tentativas de obstrução da justiça e de evitar as investigações em curso.
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A Polícia Federal (PF) sustenta que a permanência de Bernardo no exterior, aliada às circunstâncias da sua missão, evidenciam tentativas de impedir o desdobramento das investigações e a aplicação da lei penal. Diante disso, foi decretada a prisão preventiva do militar.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enfatizou a necessidade da medida com base em evidências que sugerem a participação de Bernardo em atividades relacionadas à suposta tentativa de golpe de Estado, enquanto ele servia como assistente do Comandante Militar do Sul.
Interceptações telefônicas realizadas no aparelho de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, revelaram que Bernardo intermediou uma reunião para selecionar oficiais com habilidades militares específicas em novembro de 2022. Além disso, redigiu uma carta de pressão destinada ao então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e atuou como um homem de confiança em tarefas fora do Palácio da Alvorada.
As investigações também identificaram que Bernardo desempenhava funções como homem de confiança de Mauro Cid, realizando tarefas que este último não poderia executar devido às suas atribuições no Palácio da Alvorada.
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