No último mês, a inflação na conta de energia elétrica pesou no bolso dos consumidores. Segundo a projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o aumento estimado é de 5,4% acima da inflação.Os dados estão bem acima da estimativa prevista pelo mercado financeiro, que calculou um percentual de 3,9%.

Na última terça-feira (09), o presidente Luis Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória que visa reduzir a conta de luz dos brasileiros em até 4%. O texto deve ser publicado no Diário Oficial da União nesta quarta (10).

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a medida pretende "aliviar" o bolso dos consumidores a um percentual que varia de 3,5% a 5% na conta de luz das famílias brasileiras.

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Silveira destacou ainda que o governo está tentando buscar corrigir os empréstimos deixados pela última gestão do governo de Jair Bolsonaro (PL) e que resultaram no aumento da tarifa de energia.

O texto da MP prevê ainda o pagamento desses empréstimos a partir da antecipação do recebimento de recursos relativos à desestatização da Eletrobrás. Com isso, o governo projeta a diminuição nos reajustes das tarifas de energia de, no mínimo, 3,5% até 2026.

“Alguém achou uma boa ideia fazer negócios com juros elevadíssimos e jogar o boleto no colo dos brasileiros mais pobres e da classe média, que são os consumidores regulados”, afirmou Silveira. “Vamos quitar os empréstimos criados pela conta Covid e pela conta da escassez hídrica”, complementou.

Outro ponto da proposta é a adequação dos reajustes na tarifa de energia do Amapá à média dos estados da região Norte, que é de 9%. Antes, havia uma expectativa de aumento de até 44% na taxa do estado.

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A MP faz parte das ações do governo para baratear o preço de itens de consumo básicos da população, como energia e alimentos.

Na última semana, o chefe do Executivo se reuniu com Silveira e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir alternativas para diminuir o impacto da conta de luz no bolso do consumidor.

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