Com a redução das chuvas e a previsão de seca para este ano, indígenas em Mato Grosso estão apreensivos com a possível escassez de alimentos e o aumento das queimadas em seus territórios.

Em 2024, as queimadas surgiram mais cedo e o número de focos de calor triplicou nas terras indígenas e nos arredores. O aumento foi de 280% dentro dos territórios e de 145% em um raio de 10 km ao redor deles.

Segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA), em Mato Grosso, devido às chuvas abaixo da média, a seca grave avançou no sudeste e no leste do estado em março.

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Os dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) corroboram essas preocupações. De janeiro até 10 de abril deste ano, foram registrados 61 focos de incêndio em Terras Indígenas (TIs) de Mato Grosso, comparados aos 16 do mesmo período do ano anterior.

Nos arredores, em um raio de até 10 km, foram notificados 277 focos neste ano, em comparação com os 113 do ano passado, indicando aumentos significativos.

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Segundo o Monitor de Queimadas, as Terras Indígenas mais atingidas diretamente pelos focos de queimadas neste ano foram: TI Paresi, TI Manoki, TI Menku, TI Maraiwatsede, TI Nambikwara e TI Batelão. Já as TIs impactadas em seu entorno foram: TI Parque do Xingu, TI Manoki, TI Enawenê Nawê, TI Utiariti, TI Vale do Guaporé e TI Irantxe.

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