Logo após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, as organizações dos Sistema das Nações Unidas (ONU) mobilizaram-se com o objetivo de intensificar a luta contra o terrorismo. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 repudia os crimes de terrorismo e financiamento do terrorismo.
Nesta quinta-feira, 08, a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Trapiche que visa apurar indícios de financiamento do terrorismo no país. A ação acontece nove meses depois de a PF prender dois suspeitos de participação em supostos atos terroristas no Brasil.
Desde o início da manhã, os agentes da Polícia Federal cumprem um mandado judicial de prisão preventiva e oito de busca e apreensão em algumas cidades de Minas Gerais, como belo Horizonte, Uberlândia e Contagem. Além disso, a operação também acontece na capital federal Brasília e em São Paulo (SP).
Durante a operação, a Justiça Federal determinou o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de valores, além da imediata suspensão da atividade de empresas-alvo da investigação.
Segundo a PF, o principal investigado, cujo nome não foi divulgado, se aproveitava da vulnerabilidade de imigrantes e refugiados para abrir contas em bancos e empresas no nome destas pessoas, que não tinham conhecimento de que o esquema era usado para movimentar dinheiro destinado a atividades ilícitas.
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“As evidências indicam que passagens aéreas utilizadas pelos brasileiros recrutados para viajarem ao exterior, onde foram entrevistados a fim de serem selecionados pela organização terrorista, foram financiadas com proventos do comércio ilícito de cigarros eletrônicos contrabandeados e vendidos em lojas de tabacarias no Brasil”, sustenta a PF.
Ainda de acordo com os agentes, o apoio financeiro ao terrorismo sustentava-se em um "bilionário esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro", descoberto a partir de outra operação realizada em setembro de 2022, para combater a lavagem de dinheiro e um sistema de remessas de de recursos ilícitos ao exterior, por meio da compra e venda de criptoativos.
Os investigados envolvidos no esquema poderão responder pelos crimes de contrabando, integração de organização terrorista, atos preparatórios e financiamento do terrorismo e lavagem de dinheiro, cujas penas podem chegar a 75 anos e 6 meses de reclusão.
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