Cometas são pequenos corpos celestes que orbitam o sol e são compostos principalmente por gases e poeira. Os ventos solares empurram os gases e poeira, criando a cauda do cometa, que pode se estender milhões de quilômetros no espaço.
A partir do dia 22 de setembro, os amantes de astronomia poderão observar aqui no hemisfério sul, a passagem pela Terra do cometa C2023 A3, denominado de Cometa do Século, já que pode ter a chance de luminosidade maior que a do Hale Bopp, que brilhou em 1997.
O Fenômeno foi descoberto em 2023 pelo Observatório Astronômico Zijinshan, também conhecido como Observatório da Montanha Púrpura, e pelo telescópio do Sistema de Alerta Último de Impacto Terrestre de Asteroide (Atlas, na sigla em inglês), na África do Sul.
O astrônomo Filipe Monteiro, do Observatório Nacional, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, explica que, desde agosto até a última semana de setembro, o cometa está “muito aparentemente próximo do Sol”, o que o deixará ofuscado pelo brilho da estrela central do Sistema Solar, dificultando a sua observação.
“A partir da última semana de setembro, dia 22, o cometa poderá ser visto ao amanhecer, mas tornando a ficar novamente muito próximo do Sol entre os dias 7 e 11 de outubro, mas voltando a se afastar em seguida. A partir de então, o cometa poderá ser visto logo após o pôr do sol”, explica o astrônomo.
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A máxima aproximação do cometa com a Terra acontece no ida 13 de outubro, quando estará a uma distância de 70,7 milhões de quilômetros.
Observação do fenômeno
A olho nu, não será possível a observação do cometa, já que a intensidade do brilho desses objetos pode ser imprevisível e, por isso, é possível que haja a necessidade de fazer uso de instrumentos próprios, como binóculos e telescópios.
“Os observadores deverão olhar para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do sol. O cometa estará visível um pouco antes do amanhecer no final de setembro e logo após o pôr do Sol, quando transitará pelas constelações de Virgem (em setembro), Serpente e Ofiúco (outubro)”, orienta Monteiro.
A observação do Cometa do Século está registrada no guia de principais fenômenos astronômicos, elaborado pelo Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Além de explicar sobre astronomia e os acontecimentos, a publicação permite acompanhar, por exemplo, a agenda de eclipses, aproximação de planetas e chuvas de meteoros.
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