O Brasil conseguiu erradicar a poliomielite desde o ano de 1989, quando foi registrado o último caso da doença no país. As estratégias de vacinação em massa e a criação de um Programa Nacional de Imunizações foram avanços significativos fundamentais para que a eliminação da doença. Na época, o personagem Zé Gotinha foi criado se tornando o símbolo da vacinação contra a pólio e assim, atraindo crianças e pais para a imunização.
Nas últimas semanas o Ministério da Saúde decidiu pela substituição do da Vacina Oral Poliomielite (VOP), popularmente conhecida como 'gotinha', pela versão inativada (VIP) do imunizante, que agora passará a ser injetável.
A decisão do MS leva em consideração as novas evidências científicas para a proteção contra a doença e garantirá maior eficácia do esquema vacinal, será exclusivo com a VIP.
Países como Estados Unidos e também nações europeias já utilizam esse tipo de imunizante com o injetável. Aqui no Brasil o imunizante oral não será mais utilizado a partir de novembro.
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O diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Eder Gatti disse que a atualização do novo imunizante é uma tendência mundial e ressaltou que o personagem conhecido das campanhas, o Zé Gotinha, continuará atuando em prol da vacinação e da vida.
“O Zé Gotinha não vai desaparecer, pelo contrário, ele continua firme e forte na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e na promoção do PNI. Ele ajuda a promover não só o SUS, mas promover a vida, promover a vacinação”, reforça. “O Ministério da Saúde está seguindo uma tendência mundial e está substituindo as duas doses de reforço com a gotinha por uma dose da vacina injetável, que tem uma plataforma mais segura e protege muito bem as nossas crianças”, explica Gatti.
Como vai funcionar?
O antigo esquema vacinal contemplava a administração de três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses e duas doses de reforço da VOP, a gotinha, aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Com a mudança, a partir de novembro será necessária apenas uma dose de reforço com VIP, aos 15 meses, de modo que o esquema com o referido imunobiológico será:
2 meses – 1ª dose;
4 meses – 2ª dose;
6 meses – 3ª dose;
15 meses – dose de reforço.
A atualização no esquema vacinal no Brasil foi amplamente discutida em Reunião da Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI) e recebeu aval do colegiado. A decisão contou com a participação dos representantes de sociedades científicas, dos conselhos Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e acompanhamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).