Um crime chamou atenção e assustou moradores de São Paulo, gerando preocupação com casos de violência em locais públicos e com muito movimento na cidade.
Na última sexta-feira (8), o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, foi assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Ele carregava uma mala contendo cerca de R$ 1 milhão em joias, que trazia de Maceió.
As joias apreendidas pela Polícia Civil incluíam colares, pulseiras, anéis, brincos e até um relógio Rolex. Segundo informações obtidas pela reportagem do UOL, o empresário teria recebido as peças para quitar uma dívida na capital alagoana, onde estava acompanhado da namorada, Maria Lúcia Helena Antunes.
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Logo após o ataque, Maria retirou a bagagem do empresário e deixou o local acompanhada de um policial militar que integrava a escolta de Vinícius. O casal havia retornado de Maceió em um voo da Latam, e ocupava assentos lado a lado.
Na madrugada de sábado (9), Maria entregou as joias ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foram registradas em detalhes.
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Vinícius vinha sofrendo ameaças de morte após ser apontado como o mandante de um assassinato relacionado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e de ter delatado policiais civis envolvidos em corrupção ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Em abril deste ano, ele formalizou um acordo de delação premiada, entregando ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) um áudio que revelou um complô para matá-lo.
No áudio, gravado no próprio escritório de Vinícius, interlocutores discutiam o pagamento de R$ 3 milhões pela execução do empresário. A gravação, feita sem que os envolvidos soubessem, detalhava o diálogo entre um policial civil amigo de Vinícius e um indivíduo supostamente ligado ao PCC.
Conversa registrada e aumento das ameaças
Durante a conversa, que ocorreu por viva-voz, o interlocutor sugeriu a quantia de “três” milhões pela morte de Vinícius, enquanto o policial questionava sobre a possibilidade de cumprir o plano de execução, referindo-se a Vinícius como "o passarinho". A conversa foi abruptamente encerrada, mas o áudio foi entregue ao Gaeco logo após a homologação do acordo de delação premiada.
Desde então, as ameaças contra Vinícius se intensificaram. Ele também enfrentava um processo relacionado à morte do narcotraficante Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como “Cara Preta” — uma figura de destaque no PCC —, e de seu motorista, Antônio Corona Neto, ambos mortos em dezembro de 2021 em São Paulo.
O policial que conversou com o empresário acabou preso pela Polícia Federal em outra investigação, enquanto Vinícius buscava proteção. Após sua morte, o caso é agora investigado como um desdobramento das ameaças sofridas por conta das denúncias e de sua colaboração com as autoridades.
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