
Três semanas após se mudar do Rio de Janeiro para São Paulo, Beatriz Gabriely de Godoy Felix, 26, procurou atendimento médico após apresentar dores no peito, falta de ar e cansaço. O diagnóstico foi linfoma não Hodgkin no mediastino, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático.
Beatriz relatou que os sintomas iniciais incluíam pontadas no lado direito do peito, semelhantes às de gases. Com a persistência do quadro, buscou ajuda médica e foi internada. Exames identificaram uma massa no pulmão comprimindo órgãos, levando à necessidade de uma biópsia, que confirmou o linfoma.
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Antes de iniciar o tratamento, a paciente passou por uma cirurgia para a retirada de líquido acumulado próximo ao coração. Durante a internação, desenvolveu trombose na jugular e no braço esquerdo devido à circulação comprometida pelo tumor. O primeiro ciclo de quimioterapia ocorreu ao longo de um mês de internação.
Ao longo do tratamento, Beatriz passou por seis ciclos de quimioterapia e sessões de radioterapia. Alterou a alimentação, cortando açúcar e alimentos processados e priorizando frutas e legumes. Relatou efeitos adversos, como enjoos, mas manteve o foco na alimentação para fortalecer o organismo.
Exposição nas redes sociais
Inicialmente reservada sobre o diagnóstico, Beatriz retomou a presença digital após incentivo do marido. O primeiro vídeo compartilhado foi no momento em que raspou o cabelo devido ao tratamento. Desde então, tem relatado a rotina e recebido interações de apoio e mensagens de pacientes com histórias semelhantes.
Atualmente, o câncer está em remissão, sem sinais ativos no organismo. Exames de imagem mostram redução significativa da massa tumoral.
O que é o linfoma não Hodgkin?
O linfoma não Hodgkin é um câncer do sistema linfático, que integra o sistema imunológico. O tipo que ocorre no mediastino se desenvolve no espaço entre o coração e os pulmões, sendo considerado raro, representando cerca de 3% dos casos.
De acordo com a hematologista Daniela Dias, do Instituto Paulista de Cancerologia, o linfoma no mediastino afeta principalmente mulheres entre 20 e 30 anos. Os sintomas incluem tosse prolongada, dores no peito, dificuldade para respirar, febre e transpiração excessiva.
O diagnóstico inicial é realizado por exames de imagem, como raio-X e tomografia. Para confirmação, é necessária uma bópsia, procedimento que consiste na retirada de uma amostra da lesão tumoral.
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Entre os fatores de risco associados estão predisposição genética, infecções virais prévias, doenças autoimunes tratadas com imunossupressores e exposição prolongada a produtos químicos, como pesticidas e solventes.
Especialistas alertam para a importância da avaliação médica diante de sintomas persistentes, garantindo o diagnóstico precoce e melhores prognósticos.
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