
O conflito entre Irã e Israel entrou no quinto dia com novos ataques de ambos os lados. A Guarda Revolucionária do Irã declarou ter atingido um centro de inteligência israelense em Tel Aviv, identificado como base do Mossad, enquanto Israel conduziu bombardeios contra alvos militares e instalações nucleares em território iraniano.
Segundo a televisão estatal iraniana, o centro atingido em Tel Aviv estaria em chamas. Explosões foram ouvidas nas cidades israelenses de Tel Aviv e Jerusalém, e sirenes de alerta foram acionadas após o lançamento de mísseis por parte do Irã. O Exército israelense afirmou ter interceptado a maioria dos projéteis.
As Forças de Defesa de Israel recomendaram que a população permanecesse em abrigos. O governo israelense, no entanto, não confirmou se algum dos mísseis atingiu o território nacional.
De acordo com o general Kiyumars Heidari, do Exército iraniano, a operação foi composta por uma série de ataques com drones e mísseis, voltados a posições consideradas estratégicas em Tel Aviv e Haifa. A mídia estatal iraniana informou ainda que um novo tipo de míssil foi utilizado na ofensiva.
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Especialistas analisam que a escalada do confronto pode estar relacionada à situação interna do Irã. Segundo o professor de Relações Internacionais Roberto Uebel, o governo iraniano enfrenta baixa aprovação e dificuldades econômicas. Isso pode influenciar decisões mais arriscadas, inclusive envolvendo armas de longo alcance. Uebel alerta que a existência de armas nucleares, caso confirmada, poderia ser usada como ferramenta de pressão militar.
Como resposta aos ataques, Israel bombardeou infraestruturas iranianas, atingindo locais de lançamento de mísseis e depósitos de drones. Segundo fontes militares ouvidas pela agência Reuters, os alvos estariam relacionados aos programas balístico e nuclear do Irã. Imagens divulgadas por moradores mostraram fumaça em regiões da província de Isfahan, após os bombardeios israelenses.
O Exército de Israel afirmou ter eliminado Ali Shadmani, alto comandante militar iraniano e figura próxima ao líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei. Shadmani teria sido morto durante um ataque a um centro de comando em Teerã.
Dados divulgados até o momento indicam pelo menos 220 mortos do lado iraniano, incluindo militares e cientistas ligados ao programa nuclear, e 24 do lado israelense.
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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que estruturas subterrâneas da usina nuclear de Natanz foram atingidas. A informação foi atualizada após uma análise de imagens de satélite. A usina de Natanz, no centro do Irã, é uma das principais instalações de enriquecimento de urânio do país.
O G7 divulgou uma nota pedindo a redução das tensões e destacando a importância da proteção de civis. Os países membros também reforçaram que o Irã não deve obter armamentos nucleares.
A escalada do conflito reacende preocupações internacionais sobre a estabilidade no Oriente Médio e os riscos de uma guerra em maior escala envolvendo outras potências.
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